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Ampudia de Haro, F. (2011). Gestão, desenvolvimento e êxito: sociogénese da literatura de auto-ajuda em Portugal. Revista Crítica de Ciências Sociais. 94, 41-61
F. A. Haro, "Gestão, desenvolvimento e êxito: sociogénese da literatura de auto-ajuda em Portugal", in Revista Crítica de Ciências Sociais, no. 94, pp. 41-61, 2011
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TY - JOUR TI - Gestão, desenvolvimento e êxito: sociogénese da literatura de auto-ajuda em Portugal T2 - Revista Crítica de Ciências Sociais IS - 94 AU - Ampudia de Haro, F. PY - 2011 SP - 41-61 SN - 0254-1106 DO - 10.4000/rccs.1511 UR - http://rccs.revues.org/1511 AB - O objectivo deste artigo é analisar o código de comportamento e de emocionalidade que nasce da literatura de auto?ajuda publicada em Portugal a partir dos anos 1950, momento em que este tipo de publicações começa a ganhar presença e visibilidade. Inicialmente, este código parece afastar?se dos preceitos tradicionais defendidos pelo Estado Novo. No entanto, a análise da sua base social – o desenvolvimento económico, a integração do país no circuito capitalista internacional, a constituição da empresa como novo centro de integração social, a presença de novas mentalidades tecnocráticas e a procura, por parte do poder político, de um tipo de legitimidade baseada no desempenho – permite avaliar melhor esse eventual “afastamento” para observar como o regime integrou e assumiu a nova cultura comportamental e emocional da auto?ajuda num complexo produto de autoridade e liberdade. Tomando como referência os teóricos neofoucaltianos da governamentalidade analisa-se, através do exemplo da auto?ajuda, essa combinação de racionalidade política liberal e autoritária que o Estado Novo exibiu nos seus últimos vinte anos. ER -