Exportar Publicação

Tendais, I., Alvarez, E., Ramos, A. & Rodrigues, R. B. (2021). Os valores humanos na infância: validação da versão portuguesa do Picture-Based Value Survey for Children. XI Congresso Português de Sociologia. Identidades ao rubro: Diferenças, Pertenças e Populismos num Mundo efervescente.

I. Tendais et al.,  "Os valores humanos na infância: validação da versão portuguesa do Picture-Based Value Survey for Children", in XI Congr.o Português de Sociologia. Identidades ao rubro: Diferenças, Pertenças e Populismos num Mundo efervescente, Lisboa, 2021

@misc{tendais2021_1716156861538,
	author = "Tendais, I. and Alvarez, E. and Ramos, A. and Rodrigues, R. B.",
	title = "Os valores humanos na infância: validação da versão portuguesa do Picture-Based Value Survey for Children",
	year = "2021",
	howpublished = "Digital"
}

TY  - CPAPER
TI  - Os valores humanos na infância: validação da versão portuguesa do Picture-Based Value Survey for Children
T2  - XI Congresso Português de Sociologia. Identidades ao rubro: Diferenças, Pertenças e Populismos num Mundo efervescente
AU  - Tendais, I.
AU  - Alvarez, E.
AU  - Ramos, A.
AU  - Rodrigues, R. B.
PY  - 2021
CY  - Lisboa
AB  - A investigação com adultos tem demonstrado que os valores humanos são preditores de um conjunto alargado de comportamentos. A investigação com crianças sobre este tema é ainda muito recente, em grande medida devido à falta de instrumentos de medida apropriados a esta faixa etária. O Picture-Based Value Survey for Children (PBVS-C) é um instrumento de medida recente e promissor que foi desenvolvido no âmbito do quadro concetual da teoria dos valores humanos de Schwartz (1992). Este modelo organiza 10 valores universais numa estrutura circular em torno de dois eixos que representam valores com motivações subjacentes conflituantes:  auto-transcendência (aceitação dos outros como iguais e preocupação com o seu bem-estar) vs  auto-promoção (procura do sucesso individual e o exercício de poder sobre os outros); abertura à mudança (desejo intelectual de autonomia, liberdade e ação e orientação face à mudança) vs conservação (obediência, preservação de práticas tradicionais e segurança). O objetivo do presente estudo foi testar a validade estrutural da versão portuguesa do PBVS-C e identificar a hierarquia dos valores das crianças. Uma versão adaptada deste instrumento foi administrada a uma amostra de 218 crianças portuguesas com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos a frequentar escolas públicas de dois agrupamentos escolares na região de Lisboa. Análises de Escalonamento Multidimensional revelaram padrões estruturais nos valores humanos muito semelhantes aos encontrados em amostras de adultos e de adolescentes.  À semelhança de estudos prévios com crianças, também foram encontrados desvios ao modelo teórico proposto por Schwartz (1992). Os resultados indicam que as crianças, independentemente da idade, dão mais importância aos valores da auto-transcendência e da conservação e menos importância aos valores da abertura à mudança e da auto-promoção. Ainda que os valores da auto-transcendência e da auto-promoção sejam consistentemente identificados como os mais e menos importantes, respetivamente, para as crianças em diversas culturas, o grau de importância atribuído à conservação e à abertura à mudança não é universalmente consistente. Este trabalho é parte de um estudo longitudinal mais alargado que visa mapear os valores humanos de crianças e jovens e a sua associação com outros fatores centrais relacionados com a inclusão e a exclusão social no contexto escolar. É de notar que este estudo longitudinal está a ser realizado num momento de reforma curricular em que se reconhece de forma explícita o desenvolvimento dos valores humanos como um resultado educativo central no percurso educativo. Nesta apresentação é discutido o modo como a investigação sobre os valores humanos das crianças e jovens pode ser instrumental para as escolas e para o desenvolvimento dos sistemas educativos contemporâneos em torno dos referenciais de cidadania para o século XXI.
ER  -