Este ensaio, construído em diálogos da sociologia com a história e referências dos século XVI a imagens da última Documenta de Kassel, propôe uma reflexão sobre arte e poder centrada no mais simbólico – e essencial – dos artistas como autores. Revisita algumas das suas condições, contextos, declinações e metamorfoses; inscreve-o em várias direcções da problemática do(s) poder(es) nos espaços artísticos e interroga-se sobre a soberania e fragilidades deste poder na condição contemporânea. Frente, pois, a várias heterodeterminações e heterolegitimações da arte que hoje subordinam grande parte da reflexão ao papel/poder das suas tutelas, mediações, mercados, mediatização, recepção e usos económicos ou instrumentais da arte e da cultura, o ensaio procura (re)situar o poder dos artistas no que parece um espaço colonizado por outros poderes.

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arte, artistas e poder; poder simbólico, estatuto e pensamento