Partindo de etnografias multisituadas, este trabalho explora a forma como dois bairros tradicionais de duas cidades do sul da Europa (Lisboa e Sevilha) utilizam a diversidade nas políticas de gestão da diversidade. A globalização tem implicado um aumento da imigração nas cidades europeias, no entanto os territórios urbanos celebram e (des)aproveitam a super-diversidade nas vertentes étnica/racial/cultural recorrendo a estratégias diferentes. Neste sentido, as politicas culturais de celebração da diversidade as vezes se cruzam com outras políticas urbanas de reabilitação e renovação, e promovendo diferentes imaginários e cenários de convivência intercultural. Neste artigo analisamos os repertórios institucionais, as visões das associações locais, e a participação das comunidades migrantes no património intercultural em dois bairros tradicionais localizados em Lisboa (Mouraria) e em Sevilha (El Cerezo).

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