Analisa?se aqui as representações das figuras do artista e do burguês que se destacam em alguns espaços de sociabilidade mundana de funcionamento predominantemente nocturno na Lisboa dos anos 1920. Estas figuras almejam um cosmopolitismo e uma modernidade de costumes e práticas, conotados com uma boémia urbana, fundamental na definição do seu status. A transgressão surge como uma quase condição da modernidade, determinando a configuração e caracterização de espaços de sociabilidades que são marcados por estas figuras e, simultaneamente, marcantes na definição do espaço urbano e da ideia de cidade e das representações que sobre ela se tecem. O tema será abordado sobretudo a partir das representações artísticas e literárias destas duas figuras da vida nocturna lisboeta, burguês e artista.

--

artistas; burgueses; boémia; sociabilidade; Lisboa