Movimento associativo liceal (Almada 1972/76) Nuno Pinheiro – CEHC/IUL É bastante conhecida a contestação dos estudantes universitários ao Estado Novo, em especial as crises de 1962 e 1969. Menos conhecida é a feita no ensino secundário que, depois de alguns movimentos nos anos 60, se tornou importante nos anos finais da ditadura, com uma explosão de contestação a seguir ao 25 de Abril com papel decisivo nas alterações da educação na transição para a democracia. Este movimento teve especial expressão em Lisboa e Porto, mas também noutras localidades, nomeadamente em Almada que além de ser um universo restrito, também teve acontecimentos próprios importantes: Ocupação do seminário de Almada (que antecede as ocupações de terras no Alentejo) e clima de confronto continuado com o PCP, culminando numa gestão militar do Liceu de Almada. Sendo os meandros políticos destes acontecimentos interessantes, será ainda mais interessante o perceber quem eram estes jovens e suas motivações, que começaram por desafiar a ditadura, tiveram um papel importante nas lutas imediatamente a seguir ao 25 de Abril. Num “work in progress” pretende-se conhecer estes activistas, suas acções e percursos, num ensaio de Micro História, com forte recurso à História Oral.

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História, Movimentos Sociais, Movimento Estudantil