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Descrição Detalhada da Publicação
Práticas de economia solidária em iniciativas de agricultura urbana do concelho de Lisboa. Os casos do Vale de Chelas, da Alta de Lisboa e da Horta do Baldio
I Colóquio Nacional de Horticultura Social e Terapêutica Terapeutica
Ano (publicação definitiva)
2017
Língua
Português
País
Portugal
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Abstract/Resumo
A agricultura urbana tem um importante papel na mitigação de problemas sociais,
económicos e ambientais, ao promover a coesão social, as relações de reciprocidade, a
produção local, práticas agrícolas sustentáveis e o uso de solos abandonados. A agricultura
urbana é, assim, suscetível de ser analisada à luz da economia solidária, enquanto
abordagem substantiva da economia, baseada na reciprocidade, domesticidade,
redistribuição, participação democrática e em relações de solidariedade, sendo
especialmente relevante a perspetiva da Macaronésia, pela diversidade de projetos
propostos: social; económico; cultural; ambiental; territorial; de conhecimento interativo;
de gestão inovadora; político.
O artigo tem como principal objetivo a identificação das práticas de economia
solidária (perspetiva da Macaronésia) presentes em três hortas urbanas do concelho de
Lisboa: o Parque Hortícola do Vale de Chelas (iniciativa formal da Câmara Municipal de
Lisboa), o Parque Agrícola da Alta de Lisboa (iniciativa formal, associativa, da Associação
para a Valorização Ambiental da Alta de Lisboa) e a Horta do Baldio (iniciativa informal).
Foi adotada uma abordagem metodológica de natureza quantitativa e qualitativa
envolvendo inquéritos a utentes das iniciativas (n=42), entrevistas semi-diretivas a atores
com responsabilidades nas iniciativas (n=3) e a observação participante.
Com base nas 35 práticas avaliadas, representativas de oito projetos da economia
solidária da Macaronésia, identificámos 31 práticas, sendo sete muito relevantes e quatro
relevantes. Destacam-se a produção em modo biológico, os contributos para a coesão
social e para a saúde, a partilha de conhecimentos entre os utentes, a promoção de relações
de reciprocidade e a tomada democrática de decisões. As restantes 20 práticas foram
consideradas pouco relevantes.
Tais resultados revelam, como mais explícitos, os projetos económico, social e
ambiental e remetem para a riqueza e diversidade das iniciativas bem como para alguns
dos desafios que se colocam à agricultura urbana.
Agradecimentos/Acknowledgements
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Palavras-chave
Hortas urbanas de Lisboa,Economia solidária da Macaronésia
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