Exportar Publicação
A publicação pode ser exportada nos seguintes formatos: referência da APA (American Psychological Association), referência do IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), BibTeX e RIS.
Dores, A. (2016). O que há a discutir sobre prisões?. Revista da Associação 25 de Abril.
A. P. Dores, "O que há a discutir sobre prisões?", in Revista da Associação 25 de Abril, 2016
@misc{dores2016_1711725634231, author = "Dores, A.", title = "O que há a discutir sobre prisões?", year = "2016", howpublished = "Impresso" }
TY - GEN TI - O que há a discutir sobre prisões? T2 - Revista da Associação 25 de Abril AU - Dores, A. PY - 2016 AB - Há pessoas que queremos longe das nossas vidas. Só temos uma vida e queremos ser felizes. O desterro foi, e é, uma das maneiras de ver longe quem não se deseja. O que foi aproveitado nos Descobrimentos. O estado condenava às galés o pessoal indispensável à aventura (metade dos navegantes morria durante a viagem até à Índia). Entre os quais Camões. Tocqueville, nas primeiras décadas do século XIX, inspeccionou as penitenciárias norte-americanas, e informou os franceses que a modernização das penas significava maior dureza das condenações. Com o degredo, alegou, os sobreviventes para o ultramar poderiam refazer as suas vidas. Quem entrasse numa prisão perderia essa possibilidade. Apesar do risco de morte ser menor, o isolamento social, a miséria, era o destino inelutável. Muitas reformas prisionais depois, muitos esforços para humanizar as penas, incluindo a institucionalização de regimes de prevenção das torturas, pode perguntar-se, quem são os presos, o que fazem as prisões, porque se mantém actuantes? ER -