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Saint-Maurice, A. & Pintassilgo, S. (2018). Diferenças étnicas nos padrões fecundos e na assistência ao nascimento. X Congresso Português de Sociologia.
A. M. Matos and S. I. Pintassilgo, "Diferenças étnicas nos padrões fecundos e na assistência ao nascimento", in X Congr.o Português de Sociologia, Covilhã, 2018
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TY - CPAPER TI - Diferenças étnicas nos padrões fecundos e na assistência ao nascimento T2 - X Congresso Português de Sociologia AU - Saint-Maurice, A. AU - Pintassilgo, S. PY - 2018 CY - Covilhã UR - https://aps.pt/pt/x-congresso-portugues-de-sociologia/ AB - O presente trabalho visa estabelecer uma comparação de perfis sociográficos e das condições de assistência ao nascimento entre a população feminina portuguesa e a população cabo-verdiana a residir em Portugal, a população imigrante com uma duração maior de permanência no país. Nessa análise, consideram-se as variáveis culturais e étnicas como determinantes de possíveis distinções. As fontes de informação mobilizadas para o estudo são as Bases de Dados dos Nados-vivos (para o período de 1995 a 2013), o Recenseamento Geral da População de 2011, bem como o mais recente Inquérito à Fecundidade e Família (2013), disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística. A partir dessa informação, foi realizada uma análise evolutiva de tendências de fecundidade ao longo do período de 1995 a 2013 e uma análise aprofundada dos perfis da população fecunda para o ano de 2013. Para tal, recorreu-se à análise demográfica, nomeadamente, ao cálculo de indicadores da intensidade e do calendário da fecundidade, e à análise quantitativa multivariada (Análise de Clusters e Análise de Correspondências Múltiplas). Os resultados da análise revelam que, apesar de a diminuição dos valores do Índice Sintético de Fecundidade ser mais expressiva no caso da população portuguesa, há uma tendência para a convergência dos valores da intensidade da fecundidade de ambas as populações. Revela-se, por aí, uma porosidade nos comportamentos fecundos da população cabo-verdiana, pela incorporação de um modelo que se afigura como dominante no país de acolhimento, diferente do que caracteriza o país de origem dessa população. Por outro lado, o indicador de calendário traduz uma fecundidade cada vez mais tardia da população portuguesa, quando comparada com a da população cabo-verdiana a residir em Portugal. Estas tendências acompanham perfis sociográficos, condições no nascimento, situações conjugais e estruturas familiares também diferenciados nas duas populações observadas. Nesse sentido, a análise permitiu identificar a importância da cultura de origem nas decisões de fecundidade, surgindo esta, em simultâneo, como um fator de resistência bem como de assimilação dos padrões fecundos do país de acolhimento. ER -