Publicação em atas de evento científico
O pobre posseiro e o orgulhoso sesmeiro: identidades rurais e acesso à terra no Rio de Janeiro no século XIX
Sarita Mota (Mota, Maria Sarita);
Anais do XXV Simpósio Nacional de História – História e Ética. Fortaleza: ANPUH, 2009. CD-ROM.
Ano (publicação definitiva)
2009
Língua
Português
País
Brasil
Mais Informação
Web of Science®

Esta publicação não está indexada na Web of Science®

Scopus

Esta publicação não está indexada na Scopus

Google Scholar

N.º de citações: 1

(Última verificação: 2024-03-21 18:23)

Ver o registo no Google Scholar

Abstract/Resumo
Ás vésperas da proclamação da Independência o regime de concessões de sesmarias cedia lugar à ocupação primária das terras por homens e mulheres livres e pobres, caracterizando o que a historiografia tem denominado “a fase áurea do posseiro”. De acordo com esta linha interpretativa, tal fato representaria “o triunfo do colono humilde, do rústico desamparado, sobre o senhor de engenhos ou fazendas, o latifundiário sobre o favor da metrópole”. Posseiros e sesmeiros constituem duas realidades jurídicas e econômicas em permanente conflito em relação à apropriação da terra no Brasil. Findo o sistema de sesmarias em 1822, a posse institucionalizou-se como costume e o posseiro como personagem emblemático na história agrária do país, muitas vezes identificado como camponês. No entanto, a categoria camponês utilizada para definir o homem livre e pobre que produz para si e sua família e/ou para o mercado interno obscurece a diversidade das situações sociais existentes. É preciso, pois, qualificar este camponês como sugeriu Pierre Vilar, para não se incidir no erro de cristalizar uma visão homogênea do mundo rural. Esta comunicação pretende revisitar a historiografia recente sobre o campesinato frente às condições de acesso à terra na Corte do Rio de Janeiro no século XIX.
Agradecimentos/Acknowledgements
--
Palavras-chave
História agrária; Campesinato; Rio de Janeiro (século XIX).