Esta apresentação baseia-se no trabalho de doutoramento que compreendeu uma comparação entre Portugal e o Brasil. A ideia de comparar dois países vem no seguimento de trabalhos comparativos como os de Favell ou de Brubaker onde dois modelos de gestão étnico-cultural polares são comparados. Como estas comparações são na sua grande maioria entre países europeus, a comparação entre um país europeu e outro latino-americano está bem menos explorada. Procura-se descrever as principais tendências e divergências salientando que enquanto Portugal caminhou para a institucionalização da interculturalidade, o Brasil tem assumido cada vez mais uma vertente multicultural do seu paradigma de gestão da diversidade ou etno-cultural. Conclui-se pela recuperação de identidades primordiais no segundo caso e pela diluição das fronteiras étnicas no primeiro.

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