Este trabalho pretende dar conta das dinâmicas de escolarização na Europa e na América Latina e situar Portugal e o Brasil nesses processos. Assim, foi desenhada uma primeira diacronia (com uma amplitude temporal de mais de meio século), tentando-se descortinar o significado de diferentes categorias nesses processos, como as relativas ao sexo e à idade (gerações) durante este período. Numa segunda orientação analítica, pondera-se o peso da educação – tendo em conta a sua localização espacial – nas oportunidades sociais e na sua relação com desigualdades de vários tipos. Por último e de forma complementar, procura-se, ainda, produzir algumas relações entre as desigualdades e a mobilidade educativa com as orientações fundamentais prevalecentes nos sistemas educativos, refletidas nos seus desempenhos e no quadro da integração e sucesso de vários segmentos sociais de estudantes, nomeadamente no que respeita às origens sociais. As conclusões apontam para a relação da educação com as oportunidades de vida e desigualdades sociais e a forma como os sistemas educativos promovem uma maior equidade no sucesso e construção de percursos escolares. Tal articulação permite perspetivar no futuro próximo o acesso a tais oportunidades e, potencialmente, o enquadramento social de trajetórias escolares. Serão utilizadas e articuladas várias referências e fontes empíricas, como as relativas à OCDE, Unesco, etc., que permitem o aprofundamento destes temas e, simultaneamente, comparações entre países e regiões, numa diacronia alargada.

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Expansão educativa, desigualdades educativas, regiões mundiais, Portugal e Brasil