A apresentação retoma uma viagem concetual, visual e literal a vértices de dois Grand Tour para a arte do passado e contemporânea: Florença e Kassel com visita à Galleria degli Uffizi e à Documenta. No caso, a 12ª edição desta grande exposição quinquenal em 2007, enquanto que as idas a Itália decorreram em 2006 e 2010. A viagem enquadrou-se num ensaio sobre o reconhecimento em arte a entender bidimensional (como conhecimento ou literacia vs. valoração artística) e para a dupla perspetiva de reconhecimento desde entre pares (artistas e mediadores) a públicos externos. Entre os conceitos cruzados na problemática presidiu o de relevância na arte. Como se constrói, valora, e se deve às ideias que, na génese ou substância das obras, têm poder simbólico para viajar por museus imaginários. Entre declinações desta noção de André Malraux (1901-1976) usei-a como mediação para a receção da arte e solo para a migração de formas simbólicas. Dois sentidos que permearam a viagem, espécie de touring research em que a problemática acima elicitou escolhas de lugares, referências e iconografia com imagens de procuradas a encontradas. Ilustrando o modo de ver com re/conhecer e descobrir, o exemplo de anjos dá uma ponte entre Florença e Kassel.

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