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Descrição Detalhada da Comunicação
Expetativas e desalentos das instituições envolvidas no processo de Acolhimento de refugiados recolocados em Portugal.
Título Evento
XIII Jornadas Internacionais sobre grandes problemáticas do espaço europeu
Ano (publicação definitiva)
2018
Língua
Português
País
Portugal
Mais Informação
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Abstract/Resumo
Tendo sido Portugal um dos países que respondeu positivamente à chamada europeia para a
receção de refugiados no ano de 2015, verificou-se uma grande mobilização da sociedade civil
e das instituições públicas e privadas portuguesas para a organização desse processo de
acolhimento. O processo de recolocação de refugiados em Portugal decorre pela primeira vez
diretamente de uma decisão da União Europeia com o objetivo de repartir os refugiados que
chegaram à Grécia e à Itália entre os seus estados membros.
Nesta comunicação serão apresentados alguns resultados preliminares do projeto de
investigação em curso “Integração de refugiados em Portugal: papel e práticas das instituições
de acolhimento”, com a referência PT/2017/FAMI/151, financiado pelo Fundo para o Asilo, a
Migração e a Integração, e em que a entidade responsável é a Universidade Aberta/ CEMRI.
Este projeto tem como principal objetivo analisar o papel e as práticas das instituições locais no
processo de acolhimento de refugiados recolocados em Portugal desde 2015, através do
recursos a uma abordagem metodológica mista, tendo por base entrevistas a representantes das
instituições responsáveis pelos processos desencadeados em torno da adesão à recolocação
de refugiados em Portugal, e também da aplicação de um inquérito por questionário aplicado a
instituições que acolheram refugiados ou que se disponibilizaram para o fazer, mesmo que esse
acolhimento não se tenha concretizado.
Os primeiros resultados aqui apresentados são resultantes de entrevistas em profundidade
realizadas a representantes de instituições públicas e privadas, sobre o modo como foram
envolvidas neste processo e sobre as perceções quanto os percursos de integração de
refugiados recolocados em Portugal e também os dados resultantes de um inquérito por
questionário online aplicado a todas as instituições referenciadas pelas instituições interlocutoras
(a cujos representantes foram realizadas entrevistas em profundidade), quer tenham ou não
chegado a acolher refugiados.
Para esta análise partimos de alguns pressupostos em relação ao processo de integração: i) o
pressuposto de que a integração é um processo complexo e multidimensional: trata-se de um
processo que implica a adaptação e gestão de expetativas e frustrações, quer por parte de
refugiados, quer por parte da sociedade de acolhimento. ii) o pressuposto de que a integração
de refugiados, no caso em análise, é regulada por políticas e normas europeias e nacionais,
mas decorre em grande parte devido a ações concretas da sociedade civil e das instituições de
acolhimento, a nível local, o que implica a colaboração e interações entre colaboradores das
instituições e refugiados acolhidos sendo importante considerar os contextos locais em que
decorrem os processos de integração e a caracterização dos diferentes atores sociais
envolvidos, refletindo sobre as expetativas e os desafios a ultrapassar.
Em geral assiste-se a um desfasamento entre as expetativas e voluntarismo inicial por parte dos
representantes das associações e o momento atual. As razões para esse desfasamento serão
discutidas nesta comunicação à luz do enquadramento teórico da problemática dos refugiados e
a leitura dos dados empíricos resultantes da nossa investigação. refugiados, recolocados, acolhimento, integração
Agradecimentos/Acknowledgements
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Palavras-chave
Acolhimento refugiados,Portugal
Classificação Fields of Science and Technology
- Sociologia - Ciências Sociais
Registos de financiamentos
Referência de financiamento | Entidade Financiadora |
---|---|
PT/2017/FAMI/151 | Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração |