Comunicação em evento científico
Populismo e poder local em Portugal
Maria Antónia Pires de Almeida (Almeida, Maria Antónia);
Título Evento
VIII Congresso da Associação Portuguesa de Ciência Política
Ano (publicação definitiva)
2016
Língua
Português
País
Portugal
Mais Informação
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Abstract/Resumo
Durante uma das piores crises económicas que Portugal enfrentou nas últimas décadas, com uma enorme dívida externa para liquidar, assiste-se, como consequência, a uma crise de legitimação do próprio regime democrático, já que os cidadãos nestas situações avaliam de forma negativa o desempenho das instituições democráticas e consideram existir um défice democrático (Norris, 2011). A insatisfação com a Democracia (Przeworski, 2010) pode dar origem a uma crise da representatividade dos partidos políticos e cria condições para que se verifique alguma elasticidade entre os eleitores para votarem em novos partidos (Lago, Martínez, 2011), os quais por vezes apresentam caraterísticas populistas. No caso do poder local estes fatores são propícios ao surgimento de candidaturas de grupos de cidadãos, cujo papel deveria ser determinante para satisfazer as necessidades desses mesmos cidadãos que estão descontentes com todo o funcionamento atual da democracia. A partir das eleições de 2001 foi possível apresentar candidaturas independentes, baseadas em grupos de cidadãos. No entanto, a sua expressão desde essa data foi muito reduzida. Quais as caraterísticas destes grupos de cidadãos? Até que ponto podem ser consideradas um fenómeno de populismo? Os independentes no poder local são alternativa inovadora aos partidos estabelecidos, ou são apenas mais do mesmo?
Agradecimentos/Acknowledgements
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Palavras-chave
Autarquias, independentes, grupos de cidadãos