A sucessão de eventos traumáticos extraordinários, como os degelos dos pólos, os incêndios na Austrália e na Amazónia, a pandemia do COVID19, o ressurgimento da crise financeira global, o Black Lives Matter, parece exigir ciência (para resolver problemas) e educação (para tempo para os desempregados) para obter ajuda. Ciência e educação são grandes sucessos da cultura e dos estados pós-modernos. Por que não correspondem ao que se espera delas? O que está a mudar na ciência e na escola que autoriza uma nova esperança sobre os seus resultados? Como, a) todos esses eventos extremos previamente previstos apanham, ainda assim, o mundo de surpresa ?; b) a geração mais bem educada de sempre está ansiosa para voltar ao normal, em vez de usar a experiência dos fracassos já vividos para pensar em como tirar o melhor proveito da situação - como solidariedade vicinal e desaceleração da poluição - mudando a maneira como se vive ?; c) as políticas científicas não fornecem uma compreensão de substratos universais, como o são os fenómenos ambientais, pandémicos, capitalistas ou racistas? d) a contribuição das ciências sociais para a ciência, para as políticas científicas e para a sociedade, no que diz respeito à necessidade prática de mudar o modo de viver sob o crescente fluxo de eventos extremos e suas consequências, não está disponível ou não é uma prioridade?

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