Publicação em atas de evento científico
Urbanismo ecológico e a visão holista do mundo: Ambiente, expressão e adaptação
Rosália Guerreiro (Guerreiro, M. R.);
Proceedings CLME'2011 - 6º Congresso Luso-Moçambicano de Engenharia e IIICEM - 3º Congresso de Engenharia de Moçambique
Ano (publicação definitiva)
2011
Língua
Português
País
Portugal
Mais Informação
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Abstract/Resumo
Qualquer visão holística do mundo chegará facilmente à conclusão que quanto mais “desenvolvida” for a nossa sociedade, mais dependemos da Natureza. Compreender os mecanismos naturais e agir em simbiose, parece portanto ser a única saída se o nosso objectivo como espécie é sobreviver. E se o nosso objectivo for esse, então a adaptação é fundamental. A forma adoptada ou recebida na Natureza é pois e sempre a forma óptima. Do mesmo modo que as formas da natureza que sobrevivem, são as formas mais bem adaptadas e adequadas a cada contexto, também devemos considerar os artefactos adequados, aqueles que estão adaptados não só à função que desempenham, mas também ao meio ambiente. O sucesso das nossas cidades dependerá portanto da sua resposta aos meios naturais ou seja, da sua adaptação e ecologia. A preocupação pela forma não é exclusiva do ser humano pelo que se encontra presente em todos os processos físicos e biológicos desde o começo dos tempos. Neste sentido o homem participa exactamente no mesmo tipo de actividade que a abelha ou o coral. Está sujeito às mesmas forças físicas, às mesmas provas de sobrevivência e de evolução, aos mesmos constrangimentos do espaço – a forma é uma questão central e inseparável da vida e pode manifestar-se como adequada ou inadequada para cada contexto. E não nos parece estar suficientemente justificado mudar estes critérios para nos referirmos aos assentamentos humanos. O urbanismo ecológico, como é o caso do urbanismo orgânico, é pois aquele cuja expressão é o resultado da adaptação ao ambiente natural e aos constrangimentos do espaço. É a convicção e a exploração da ideia de que a forma urbana não é aquilo que queiramos que ela seja, mas sim aquilo que ela pode ser, face às forças a que está sujeita. O desenho regional e o desenho ecológico são facetas do urbanismo actual que exprimem esta dimensão holística ou de relação com o ambiente, dando origem a intervenções que estão de acordo com o lugar envolvendo as características naturais como o clima e a topografia, a vegetação, os materiais de construção e as práticas construtivas. É pois a convicção de que a natureza é um bom modelo para o projecto, porque ela contém a chave da vitalidade e da sustentabilidade. Os projectistas podem apreender a incrível sofisticação dos sistemas biológicos e ecológicos. É pois a convicção que a ordem mais significativa deve ser encontrada na própria natureza.
Agradecimentos/Acknowledgements
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Palavras-chave