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Frédéric Vidal & Cordeiro, Graça Índias (2023). A olisipografia como fonte histórica e etnográfica: silêncios e narrativas de uma cidade imaginada. CONGRESSO INTERNACIONAL HISTORIOGRAFIA DAS CIDADES.
F. J. Vidal and M. D. Cordeiro, "A olisipografia como fonte histórica e etnográfica: silêncios e narrativas de uma cidade imaginada", in CONGRESSO INTERNACIONAL HISTORIOGRAFIA DAS CIDADES, 2023
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TY - CPAPER TI - A olisipografia como fonte histórica e etnográfica: silêncios e narrativas de uma cidade imaginada T2 - CONGRESSO INTERNACIONAL HISTORIOGRAFIA DAS CIDADES AU - Frédéric Vidal AU - Cordeiro, Graça Índias PY - 2023 UR - https://historiography-cities.weebly.com/ AB - O valor científico e epistemológico do corpus de textos designado genericamente como olisipografia tem alimentado um certo debate no âmbito dos estudos urbanos portugueses. Constituindo-se como uma vasta coleção de textos de valor desigual, que aborda a história de Lisboa, tanto através de uma abordagem descritiva da evolução física e moral da cidade (França,2008) como de perspetivas de microescala (o bairro, a rua, o prédio, a associação, a figura típica, performances teatrais e festivas), ela é uma fonte histórica e etnográfica incontornável. Sob a forma de ensaios ou crónicas, mais ou menos literárias, tais narrativas testemunham, antes de mais, o esforço de uma elite nacional e municipal em contruir uma narrativa hegemónica ao serviço de uma política memorial ou patrimonial que deve ser analisada no seu contexto de produção e difusão próprios. A partir de duas experiências de investigação, histórica e antropológica, sobre bairros de Lisboa (Alcântara e Bica), esta comunicação pretende analisar e questionar diferentes leituras possíveis da olisipografia, tanto do ponto de vista da história social da cidade como sob uma perspetiva etnográfica. Trata-se de uma proposta de análise reflexiva e crítica que nasce do cruzamento de dois percursos de investigação autónomos, com suas referências teóricas e metodologias próprias, sobre o uso dos textos olisipográficos e qual o seu papel na construção ideológica e política de uma certa ideia da cidade de Lisboa. Neste sentido, os dois casos aqui discutidos ilustram, de forma paradigmática, as potencialidades, limites e tensões que estas fontes revelam. Apenas a título de exemplo, no caso de Alcântara, o modo como alguns destes textos contribuem para a transformação da imagem do subúrbio operário em uma Alcântara popular, nas décadas de 1920 e 1930 (Freire, 1929; Araújo, 1939), ou, no caso da Bica, bairro vizinho do Bairro Alto, o modo como os silêncios de olisipógrafos clássicos (Castilho, 1879) vão ser colmatados por reportagens jornalísticas, crónicas e narrativas de divulgação (Araújo, 1939, entre outros), resgatando a invisibilidade de um pequeno enclave esquecido no centro urbano. ER -