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Baptista, V. & Marques Alves, P. (2023). Os processos de industrialização de Alcântara e do Beato numa perspetiva comparada. VI Encontro Indústria, História e Património.
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V. Baptista and P. J. Alves,  "Os processos de industrialização de Alcântara e do Beato numa perspetiva comparada", in VI Encontro Indústria, História e Património, Lisboa, 2023
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TY  - CPAPER
TI  - Os processos de industrialização de Alcântara e do Beato numa perspetiva comparada
T2  - VI Encontro Indústria, História e Património
AU  - Baptista, V.
AU  - Marques Alves, P.
PY  - 2023
CY  - Lisboa
AB  - Esta apresentação visa abordar os processos de industrialização nos dois polos industriais de Lisboa, em Alcântara e no Beato, de meados do século XIX aos anos 60 do século XX, numa perspetiva comparada. Pretendemos perceber que recursos materiais e humanos permitiram as concentrações industriais nestas duas áreas de Lisboa, procurando identificar as semelhanças e as diferenças.  Na linha defendida por Miriam Halpern Pereira e Jaime Reis, entre outros historiadores, consideramos que não existiu em Portugal uma revolução industrial, mas surtos de industrialização como os dos casos que apresentamos.   Tanto em Alcântara (que pertenceu ao 4.º bairro de Lisboa) como no Beato (incluído no 1.º bairro de Lisboa), existiram condições naturais estratégicas para a implantação de fábricas: o rio Tejo e a linha de caminho de ferros apresentaram-se estruturas vitais para o transporte das matérias-primas e das mercadorias.  O Inquérito Industrial de 1890 indica existirem na Lisboa oriental 156 ramos industriais e o estudo do engenheiro António Emídio Abrantes, de 1938, refere 148 indústrias. Em 1915 os trabalhadores da zona oriental de Lisboa ultrapassariam 15 000 trabalhadores. Nesta apresentação destacaremos a Fábrica da Companhia Portuguesa de Tabacos, a Sociedade Nacional de Fósforos, a Fábrica de Fiação e Tecidos Oriental, a Manutenção Militar e a Companhia Industrial de Portugal e Colónias, pela importância das indústrias, no Beato. As cigarreiras de Xabregas, pintadas por Roque Gameiro, permaneceram na memória dos habitantes do bairro.  O Inquérito industrial de 1852 apurou para Alcântara a existência de 362 estabelecimentos e 15 897 operários, logo tendo aqui ocorrido o primeiro surto industrial relativamente ao Beato. No bairro de Alcântara, com maior concentração de operariado, destacaremos as fábricas João Burnay, Sociedade de Construções Metálicas, Fábrica de Chocolates Regina, Fábrica Sol, Fábrica de Fiação e Tecidos Lisbonense e a Companhia Nacional de Moagem.  Verificámos que as fabricas de tabacos, fósforos e têxteis se impuseram a oriente, enquanto que Alcântara identificámos os curtumes, as fábricas têxteis e as metalúrgicas. Não existindo arquivos de fábricas disponibilizados e os Inquéritos Industriais nem sempre desdobrarem os trabalhadores por sexos, devido a uma grande concentração de indústrias têxteis e de tabacos no Beato, trabalhos mantidos essencialmente por uma mão de obra feminina, é provável que as operárias estivessem mais presentes a oriente. Em ambos os polos industriais a população residente cresceu exponencialmente até aos anos 60 do século XX, verificando-se a partir dessa altura a deslocalização ou encerramento de muitas fábricas que levou à gentrificação e à mudança das características operárias destes bairros. São as memórias operárias destes bairros e do trabalho industrial que neles se mantiveram que urge preservar. As operárias de Alcântara ficaram retratadas em livro por Maria Augusta Seixas. 
ER  -