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Costa, P. (2024). O campo da Economia da Cultura em Portugal: tendências, desafios e dinâmicas de afirmação de uma Economia Política da Cultura. 7º Encontro Anual de Economia Política “Economia Política e Democracia: Reimaginar o mundo nos 50 anos do 25 de Abril”.
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P. M. Costa,  "O campo da Economia da Cultura em Portugal: tendências, desafios e dinâmicas de afirmação de uma Economia Política da Cultura", in 7º Encontro Anual de Economia Política “Economia Política e Democracia: Reimaginar o mundo nos 50 anos do 25 de Abril”, Lisboa, 2024
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TY  - CPAPER
TI  - O campo da Economia da Cultura em Portugal: tendências, desafios e dinâmicas de afirmação de uma Economia Política da Cultura
T2  - 7º Encontro Anual de Economia Política “Economia Política e Democracia: Reimaginar o mundo nos 50 anos do 25 de Abril”
AU  - Costa, P.
PY  - 2024
CY  - Lisboa
AB  - O campo da “economia da cultura” é relativamente recente em Portugal, entrando a análise económica no campo da cultura apenas no final do século XX, num domínio onde outras ciências sociais, como a antropologia, a sociologia e mesmo a gestão ou a geografia se tinham já estabelecido. Esta entrada tardia reproduz (embora com atraso assinalável) as tendências verificadas internacionalmente, mas acarreta também desafios próprios e especificidades que poderão ser importantes para fundamentar uma forte afirmação da economia política neste subcampo particular no nosso país.   
Neste artigo pretende-se efetuar um mapeamento panorâmico da “economia da cultura” em Portugal e da forma como a ciência económica tem entrado no campo das atividades culturais e criativas, procurando perceber a sua evolução e os desafios com que atualmente se defronta. Seja pela via da formação seja, sobretudo, pela da investigação e dos estudos sobre o sector das atividades culturais e criativas, a ciência económica tornou-se progressivamente central neste campo: o mapeamento do sector e seu peso económico, a estruturação de cada um do seus subsectores e de mercados específicos, a análise dos mercados de trabalho, a relação com o territórios e a territorialidade destas atividades, as politicas culturais, a avaliação de impactos, entre outros aspetos, são algumas das “entradas” a partir das quais pode ser analisada esta relação.  
Num primeiro momento, efetua-se um panorama geral do campo da economia da cultura em Portugal, com base numa revisão bibliográfica envolvendo trabalhos académicos e estudos sectoriais efetuados para o sector da cultura ao longo das últimas décadas. A partir do recenseamento destes trabalhos é efetuada uma leitura por temas e abordagens, que permite identificar e caracterizar a diversidade de abordagens prosseguidas e as suas dinâmicas de evolução ao longo do período.
Com base nessa análise, num segundo momento, apresenta-se uma tipologia de tópicos e de abordagens ao sector da cultura pela “economia da cultura portuguesa”. Esta tipologia cruza os interesses mais puramente conceptuais ou académicos com a diversidade de trabalhos que têm sido desenvolvidos, seja por universidades e centros de investigação (livros e artigos, teses, estudos), seja por empresas de consultoria ou pelas próprias instituições culturais, de forma transversal ao objeto das atividades culturais e criativas, em toda sua diversidade. 
Finalmente, num terceiro momento identificam-se alguns desafios e questões prementes com que este campo se defronta na atualidade no nosso país, seja em termos temáticos, conceptuais e metodológicos (objetos/métodos/abordagens epistemológicas), seja em termos mais gerais (que tipo de conhecimento é produzido, para quem, para quê, como), refletindo igualmente sobre o lugar da economia no estudo sobre estas atividades (e os diálogos e pontes que tem efetuado com a sociologia, geografia, políticas públicas, estudos urbanos, e muitas outras áreas). Argumenta-se que a interdisciplinaridade (e mesmo a transdisciplinaridade) têm sido fulcrais na solidificação deste campo no nosso país (ao contrário de outras realidades), bem como acerca do papel fulcral da economia política na estruturação da produção académica e do trabalho de base empírica efetuado no nosso país nos anos mais recentes.

ER  -