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Pais, Pedro Caldeira & Neto, P. (2024). A evolução da questão da “morte” e o novo papel do digital: uma perspectiva sociológica e comunicacional. XIII Congresso da SOPCOM.
P. M. Pais and P. M. Neto, "A evolução da questão da “morte” e o novo papel do digital: uma perspectiva sociológica e comunicacional", in XIII Congr.o da SOPCOM, Braga, 2024
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TY - CPAPER TI - A evolução da questão da “morte” e o novo papel do digital: uma perspectiva sociológica e comunicacional T2 - XIII Congresso da SOPCOM AU - Pais, Pedro Caldeira AU - Neto, P. PY - 2024 CY - Braga AB - Inserida no contexto de uma Tese de Doutoramento acerca da comunicação da morte na internet — cuja investigação se estende a temas como a forma como são comunicados os serviços por parte de funerárias portuguesas, ou a novas dinâmicas de discurso de luto em memoriais online —, esta apresentação procura, por um lado, apresentar os autores, a bibliografia e as tendências investigativas e metodológicas mais relevantes para este tema, e, por outro lado, assinalar a importância que o digital possui actualmente na visão académica sobre a morte, cuja concentração de esforços académicos reflecte, de facto, a facilidade — e o carácter, em alguns casos, inclusivamente disruptivo — com que a morte se integrou no online. O que aqui se pretende, assim, é, com base em literatura nacional e internacional, apresentar a evolução da questão da morte, especificamente do ponto de vista da Sociologia — área de estudos que serve de base analítica da investigação de Tese —, e sempre tendo em conta a dimensão da “comunicação”, dando ênfase aos estudos que se debruçam sobre a forma como a morte é comunicada e representada. Esta apresentação terá assim a seguinte estrutura: em primeiro lugar, é pretendido fazer uma exposição da forma como o estudo sobre a questão da morte foi evoluindo até à introdução do digital, em especial no que concerne à sua representação e comunicação. Aqui, é exposto como fundadores da Sociologia, desde Durkheim a Weber, começaram a olhar para o papel de crenças e ritos colectivos e a sua relação com a morte individual, que se revelava fundamental para o desenvolvimento e agregação de uma dada comunidade, e são discutidos, nomeadamente num contexto ocidental, os autores e conceitos mais predominantes no estudo da morte e das suas atitudes, em especial a morte vista como “negação” ou tema a evitar pelos indivíduos. Ainda no que respeita a esta primeira parte, é assinalada — através de literatura acerca do tema — a acrescida importância da intermediação e dos serviços na questão da morte, na qual a hospitalização e a evolução tecnológica detêm um papel importante, e é demonstrado que a participação por parte de familiares na própria organização dos rituais fúnebres foi diminuindo ao longo do tempo, potenciando a percepção da morte como algo afastado do quotidiano. Já numa segunda parte da apresentação é introduzida, pois, a dimensão do digital, que vem simultaneamente dialogar e romper com os conceitos mencionados, com autores e literatura cada vez mais preocupada com temas como: novas dinâmicas no discurso de luto; novas plataformas necrológicas; renovadas relações entre enlutados e mortos que “persistem” nas redes; ou ainda, num âmbito mais técnico, as dificuldades legais, e até éticas, que tal “persistência” promove pelo seu cariz ainda pouco regulado. Resumidamente, pois, esta comunicação procura expor o estado da arte do tema da morte — na qual o digital, como se verá, passou a ter um papel dominador e fundamental —, procurando-se, ao mesmo tempo, introduzir algumas conclusões já retiradas da investigação de Tese que se encontra em curso. ER -