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Almeida, Maria Antónia & Marta Alexandre (2021). ’O Sentido das Vivências’ Repositório digital de fotografias em Avis: um contributo para a História Local. International Conference Photography and History. 58-59
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M. A. Almeida and M. Alexandre,  "’O Sentido das Vivências’ Repositório digital de fotografias em Avis: um contributo para a História Local", in Int. Conf. Photography and History, Funchal, pp. 58-59, 2021
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TY  - CPAPER
TI  - ’O Sentido das Vivências’ Repositório digital de fotografias em Avis: um contributo para a História Local
T2  - International Conference Photography and History
AU  - Almeida, Maria Antónia
AU  - Marta Alexandre
PY  - 2021
SP  - 58-59
CY  - Funchal
UR  - https://photographyhistoryconference.wordpress.com/international-conference-2021/program/
AB  - A história local implica um suporte teórico e uma metodologia rigorosos, que pressupõem interdisciplinaridade e o uso de diversos instrumentos e novas linguagens. Para a construção de retratos das sociedades locais é fundamental o recurso a uma multiplicidade de fontes que se encontram em arquivos locais e particulares, com a sua coleção de objetos e registos diversos. Entre estes a memória oral oferece uma contribuição valiosa, assim como as fotografias e os álbuns de retratos. 
O Sentido das Vivências é um projeto do Arquivo Histórico do Centro Interpretativo da Ordem de Avis que promove a recolha e registo de fotografias antigas de família junto da população do concelho de Avis e que abrange o período das últimas décadas do século XIX até meados do século XX, realizadas por fotógrafos amadores locais e por profissionais em estúdio ou ambulantes. A fotografia, documento por excelência, é a fonte onde o «sentido da vivência» se materializa no quotidiano das «gentes da terra», nas suas dinâmicas com o espaço e o tempo. As ocasiões importantes da comunidade frequentemente têm a única forma de registo na fotografia, cuja temática varia em função do grupo em apreço. A generalização da fotografia, a partir das décadas de 30/40/50 do século XX, entre os estratos de menor poder económico, registando os ciclos, sejam eles de vida, crença religiosa ou atividade profissional, é mais tardio, relativamente a grupos mais favorecidos. Nestes, os registos são mais recuados no tempo, explicado em parte, pelo maior apetrechamento económico e acessibilidade à fotografia, que cumpriu uma função de representação e afirmação social. A fotografia, independentemente do grupo social «retratado», é um documento de época, simultaneamente uma manifestação artística de expressão plástica, que capta ambientes, expressões, e composições temáticas que documentam a vivência e as memórias familiares das gerações do concelho de Avis.
O caso em estudo apresenta-nos o exemplo típico de uma sociedade bipolarizada, tal como a descrição de José Cutileiro deixou bem explícito: no Alentejo havia os Ricos e os Pobres (1977) e as características de cada grupo estavam perfeitamente definidas. A partir dos contrastes assinalados, e bem representados nas fotografias em momentos públicos e privados, tanto em momentos familiares como de sociabilidade, podemos apurar comportamentos, costumes e estilos de vida que nos ajudam a construir retratos dos grupos e assim completar a história social local, preservando a memória coletiva. 

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