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Vasconcelos, P. (2023). Amor à hierarquia: A ascensão da ideologia antigénero. In Anália Torres, Fátima Assunção, Paula Campos Pinto, Diana Maciel (Ed.), Género, conhecimento, resistências e ação. (pp. 107-125). Lisboa: ISCSP – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
P. E. Coito, " Amor à hierarquia: A ascensão da ideologia antigénero", in Género, conhecimento, resistências e ação, Anália Torres, Fátima Assunção, Paula Campos Pinto, Diana Maciel, Ed., Lisboa, ISCSP – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, 2023, pp. 107-125
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TY - CHAP TI - Amor à hierarquia: A ascensão da ideologia antigénero T2 - Género, conhecimento, resistências e ação AU - Vasconcelos, P. PY - 2023 SP - 107-125 CY - Lisboa UR - http://cieg.iscsp.utl.pt/images/0_Indice_Introducao.pdf AB - Numa lógica ensaística, parte-se da dificuldade em encontrar linguagens que possam não sucumbir aos efeitos próprios das estruturas da desigualdade de género, antes as legitimando, para dar conta das lutas político-ideológicas em torno das hierarquias sociais. Neste sentido apresenta-se o desenvolvimento contemporâneo de uma dessas posições políticas de direita e extrema-direita, que pode ser caracterizada como se agregando em torno de uma ‘ideologia anti-género’. Esta constitui-se como uma nebulosa discursiva fortemente conservadora caracterizada pela vincada recusa quer de uma visão igualitária entre mulheres e homens, quer das variadas lógicas de emancipação feminina dela decorrentes, quer ainda de todas as reivindicações queer e trans, nomeadamente aquelas que sentem como pondo em causa a suposta naturalidade da família heterossexual, tanto como a suposta naturalidade da heterossexualidade ela mesma e das identidades de género que ‘naturalmente’ produziria (machos e fêmeas enquanto homens e mulheres). Recusa, assim, a própria ideia de género a favor da ideia de sexo, entendido como uma realidade antropológica de invariável base biológica (ou mesmo teológica) anterior a qualquer suposto desmando ou deriva social e cultural. Neste sentido, as organizações e movimentos políticos norteados por ‘ideologias anti-género’ são mobilizações estratégicas pela tomada de poder político com uma agenda contra a igualdade – antes, a partir do seu amor à hierarquia, de defesa da desigualdade. Desta forma, pretendem a erradicação do espaço de discussão e luta política em torno das desigualdades de género e sexuais (aquilo que apelidamos de Género-Campo), bem como dos seus protagonistas progressistas, pela exaltação e naturalização legitimadora do que denominamos de Género-Estrutura. ER -
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