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Vacha, A. (2024). A campanha do Brado Africano para libertar Zixaxa (o último exilado). GIEIPC-IP  A Imprensa de Exílio(s).
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A. Vacha,  "A campanha do Brado Africano para libertar Zixaxa (o último exilado).", in GIEIPC-IP  A Imprensa de Exílio(s), Coimbra, 2024
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	year = "2024",
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TY  - CPAPER
TI  - A campanha do Brado Africano para libertar Zixaxa (o último exilado).
T2  - GIEIPC-IP  A Imprensa de Exílio(s)
AU  - Vacha, A.
PY  - 2024
CY  - Coimbra
UR  - https://giepcip.wordpress.com/
AB  - Em 1894, Matibejana, vulgo Zixaxa, antigo rei de Mafumo (Sul de Moçambique), liderou a rebelião
contra o domínio colonial português, impondo um cerco a Lourenço Marques. Foi preso e desterrado
com o famoso Gungunhana, primeiro em Lisboa e depois no Forte São João Batista em Angra do
Heroísmo, nos Açores. Tal como os outros três companheiros, foi separado das esposas, bautizado e
alfabetizado na chamada “missão civilizadora portuguesa”. As fotografias deles vestidos a rigor à
moda europeia, foram convertidas em postais turísticos à venda nas lojas locais. Zixaxa tornou-se
numa personagem querida na ilha. Sobreviveu por 20 anos mais que os outros nobres prisioneiros e
constituiu família, da qual ainda existe uma descendência.
Jornais angrenses, como a A União lançaram repetidos apelos pela libertação. Em Moçambique nos
anos 1920, O Brado Africano promoveu nas primeiras páginas uma campanha, exortando o
Governador de Moçambique a mover-se em prol da repatriação, denunciando a contradição da falta
de compaixão com os valores cristãos. O jornal cita o caso da Inglaterra que perdoou DinZulu, filho
do temível rei Chetwaio, após “apenas” sete anos de exílio em Sant’Helena.
De certa forma, a repatriação teria sido, uma derradeira tentativa de dar ao preso uma sepultura na
terra dos antepassados. Foi em vão. O exílio durou um total de 31 anos, até a morte.
No seu necrológio, em 1927, O Brado Africano apresenta a figura do prisioneiro como exemplo da
injustiça colonialista, definindo-o “herói” e “patriota”. O exílio açoriano ficou no histórico do jornal
moçambicano, que voltou a publicar artigos comemorativos, sempre com um registro empático.
Tal como defendia o jornal, hoje dia Zixaxa é anualmente evocado no festival do Gwaza-Muthini
(Marracuene) como herói da resistência anticolonial, enquanto em Angra do Heroísmo colocaram
placas e estátuas em sua homenagem, como símbolo dos presos políticos desterrados na ilha.
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