Exportar Publicação

A publicação pode ser exportada nos seguintes formatos: referência da APA (American Psychological Association), referência do IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), BibTeX e RIS.

Exportar Referência (APA)
Vacha, A. (2024). Os Chefes Mataaka e os Exploradores Europeus: Uma Abordagem Metabiográfica.  Simpósio Mataaka I.
Exportar Referência (IEEE)
A. Vacha,  "Os Chefes Mataaka e os Exploradores Europeus: Uma Abordagem Metabiográfica", in  Simpósio Mataaka I, Lichinga, Mozambique, 2024
Exportar BibTeX
@misc{vacha2024_1735261634003,
	author = "Vacha, A.",
	title = "Os Chefes Mataaka e os Exploradores Europeus: Uma Abordagem Metabiográfica",
	year = "2024",
	howpublished = "Outro",
	url = "https://www.facebook.com/p/ARPAC-Mo%C3%A7ambique-100069307805657/ "
}
Exportar RIS
TY  - CPAPER
TI  - Os Chefes Mataaka e os Exploradores Europeus: Uma Abordagem Metabiográfica
T2  -  Simpósio Mataaka I
AU  - Vacha, A.
PY  - 2024
CY  - Lichinga, Mozambique
UR  - https://www.facebook.com/p/ARPAC-Mo%C3%A7ambique-100069307805657/ 
AB  - A presente comunicação foca nas complexas interações de diplomacia, alianças, estratégias
comerciais e resistência entre os chefes Mataaka e os exploradores europeus no século XIX,
destacando o papel que os relatos de viagem tiveram em criar um imaginário colonial e em moldar a
visão europeia não apenas sobre a região de Niassa, mas sobre a África em geral.
Várias biografias do célebre David Livingstone descrevem, com narrativas diferentes, o encontro
com o chefe Ce-Nyambi, fundador da dinastia Mataaka, em 1866. O mesmo Ce-Nyambi condenou
os assassinos do explorador alemão Albrecht Roscher. Alexandre de Serpa Pinto, em suas
expedições mais tardias, também interagiu com líderes Mataaka, em um contexto de lutas
imperialistas cada vez mais tenso. As narrativas dos exploradores, inseridas no contexto colonialista
europeu, refletem os preconceitos racistas da época e objetivos coloniais. No entanto, com a
metabiografia, examinamos as múltiplas camadas de perspectivas. Com o olhar metabiográfico,
emerge que, ao contrário das narrativas da época, os chefes Mataaka não eram meros sujeitos
passivos, mas agentes ativos que negociaram, resistiram e se adaptaram às pressões coloniais de
acordo com sua própria estratégia. Inclusive tiveram um papel ativo em aproveitar e exacerbar o
conflito entre as potências coloniais que disputavam a região após a Conferência de Berlim (1884-
85), como no conflito anglo-português que levou ao Ultimato Britânico (1890).
Esta abordagem permite a desconstrução das narrativas unidimensionais, oferecendo uma visão
contextualizada das narrativas históricas, contribuindo para uma compreensão mais profunda dos
acontecimentos históricos e dos contextos de produção das fontes biográficas.
ER  -