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Saaristo, S.-M., Lages, J. & Tomé, m.  (2024). "They are grabbing houses for themselves!": Occupying 2 de Maio in the fervour of the Portuguese revolution. CIDADES, Comunidades e Territórios. Autumn Special Issue, 80-100

S. M. Saaristo et al.,  ""They are grabbing houses for themselves!": Occupying 2 de Maio in the fervour of the Portuguese revolution", in CIDADES, Comunidades e Territórios, no. Autumn Special Issue, pp. 80-100, 2024

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TY  - JOUR
TI  - "They are grabbing houses for themselves!": Occupying 2 de Maio in the fervour of the Portuguese revolution
T2  - CIDADES, Comunidades e Territórios
IS  - Autumn Special Issue
AU  - Saaristo, S.-M.
AU  - Lages, J.
AU  - Tomé, m. 
PY  - 2024
SP  - 80-100
SN  - 1645-0639
DO  - 10.15847/cct.34647
UR  - https://revistas.rcaap.pt/cct/index
AB  - This paper explores the occupation movement that took place during the so-called ‘Ongoing Revolutionary Process’ (PREC), from 1974 to 1976. We focus on the specific case of the 2 de Maio neighbourhood in Lisbon, where 25 under-construction housing blocks were occupied in May 1974. We juxtapose these occupations with the occupations of council housing dwellings in Lisbon today, linking their characteristics as well as the socio-political context in which they occur. Methodologically the article draws from the notions of radical memory work and community-based, participatory action research. The analysis reveals that the specific traits of the PREC occupation movement, driven by housing precarity and promoted collectively by the dwellers of lower socio-economic classes, played a vital role in the way they have endured through time. Yet, in particular, the response of the state actors, influenced by the specific political context of the PREC, as well as the wide support received by other actors, was fundamental to enable their permanence and subsequent regularisation. This paper contributes to the debates on the potential of occupations to promote access to housing, highlighting the roles that state actors and the political environment play in terms of legitimising occupations.

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Este artigo explora o movimento de ocupação que teve lugar durante o chamado Processo Revolucionário em Curso (PREC), de 1974 a 1976. Centramo-nos no caso específico do bairro 2 de maio, em Lisboa, onde 25 blocos de habitação em construção foram ocupados em maio de 1974. Relacionamos estas ocupações com as ocupações de habitações sociais em Lisboa na atualidade, cruzando as suas características e o contexto sociopolítico em que ocorrem. Metodologicamente, o artigo baseia-se nas conceções de trabalho de memória radical e de investigação-ação participativa de base comunitária. A análise revela que os traços específicos do movimento de ocupação do PREC, impulsionado pela precariedade habitacional e promovido coletivamente pelos moradores das classes socioeconómicas mais desfavorecidas, desempenharam um papel vital na forma como perduraram ao longo do tempo. Contudo, em particular, a resposta dos atores estatais, influenciada pelo contexto político específico do PREC, bem como o amplo apoio recebido por outros atores, foi fundamental para permitir a sua permanência
e posterior regularização. Este artigo contribui para os debates sobre o potencial das ocupações para promover o acesso à habitação, destacando os papéis que os atores estatais e o ambiente político desempenham em termos de legitimação das ocupações
ER  -