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Borges, J.C., Lopes, S. S., Fernandes del Pino, R. & Marat-Mendes, T. (2024). DOSSIER ESPECIAL: Uma arte de compromissos. Homenagem a Raul Ceregeiro. Cidades, Comunidades e Territórios. 139-165
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J. D. Borges et al.,  "DOSSIER ESPECIAL: Uma arte de compromissos. Homenagem a Raul Ceregeiro", in Cidades, Comunidades e Territórios, pp. 139-165, 2024
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TY  - GEN
TI  - DOSSIER ESPECIAL: Uma arte de compromissos. Homenagem a Raul Ceregeiro
T2  - Cidades, Comunidades e Territórios
AU  - Borges, J.C.
AU  - Lopes, S. S.
AU  - Fernandes del Pino, R.
AU  - Marat-Mendes, T.
PY  - 2024
SP  - 139-165
SN  - 2182-3030
AB  - Raul Ceregeiro, nascido em 1935 numa família de tradição militar, veio a tornar-se arquitecto, começando a sua carreira com um atlelier partilhado com Fernando Gomes da Silva e ainda com uma colaboração com o Gabinete Técnico da Habitação (GTH) da Câmara Municipal de Lisboa, então responsável pela urbanização de Olivais Norte, Olivais Sul e Chelas. Surgem assim as primeiras obras deste arquitecto: a Escola Provisória de Olivais Sul, a Escola 36 em Olivais Velho, o mobiliário escolar das escolas dos novos bairros, e os edifícios – em colaboração com José Pacheco – de Categoria III na Zona I de Chelas. Seria o início de uma obra de grande solidez e originalidade. Ao longo dos anos, assinou projectos de equipamentos, como sejam as Creches da ‘Voz do Operário’ no Lavradio e em Cuba, a Sede do Partido Comunista Português na Marinha Grande, ou o mal-amado Cais do Vapor
no Montijo, que conheceu depois segunda vida como Escola de Canoagem e Karaté. Em Chelas, desenhará ainda um conjunto de baixa densidade na Zona I, e o complexo conhecido como Matriz H, na Zona N1, que marca o final da sua colaboração com
o GTH. A partir da década de 1990, foca-se em projectos relacionados com Património, com vários projectos para o centro da cidade de Lisboa, incluindo o Palácio Pancas Palha (colaboração com Frederico George, seu primeiro mestre) e intervenções no Castelo de São Jorge.
A ocasião do recente desaparecimento de Raul Ceregeiro motivou a preparação deste pequeno dossier, que presta homenagem ao Arquitecto e às marcas que deixou no território da região de Lisboa. Em 2023, um convite da organização da exposição “Habitação em Lisboa da Monarquia à Democracia”, feito a dois dos editores deste dossier, permitiu um contacto com o arquitecto. Disso resultou uma entrevista de preparação para uma mesa-redonda com o título “O Gabinete Técnico da Habitação:
testemunhos e lições para o presente”, onde participariam ainda os arquitectos Francisco Silva Dias, Bartolomeu Costa Cabral e Fernando Gonçalves. Esta entrevista, que aqui se publica pela primeira vez, embora focada no âmbito do GTH, permitiu destacar outros momentos do percurso profissional de Raul Ceregeiro, e reflectir ainda sobre como o trabalho de arquitectura mudou nas últimas décadas em Portugal e de qual pode ser o seu sentido hoje. 
Além da entrevista acima referida, esta homenagem conta com um conjunto de quatro testemunhos, generosamente enviados por Francisco Silva Dias, José Silva Carvalho, Pedro Graça e José Adrião que, em vários momentos do percurso profissional, se cruzaram com Raul Ceregeiro. Ao arquitecto José Adrião, cuja reconversão da Escola 36 motivou um contacto notavelmente produtivo e entusiasmante com o autor do projecto original, devemos ainda a cedência de uma carta manuscrita, onde Raul Ceregeiro reflecte sobre o sentido da arquitectura, o seu papel na história e na sociedade, a sua dimensão artística. Pensando sobre a profissão, Ceregeiro acaba por explicar algumas convicções que também iluminam as intenções da sua obra.
A fechar a homenagem, um pequeno ensaio fotográfico faz um percurso por algumas das obras mais marcantes do arquitecto: começando por uma moradia reconvertida no Estoril; prosseguindo pela Zona I de Chelas; continuando para a Creche do Lavradio; passando pela ‘miniatura brutalista’ do Cais do Vapor; e terminando, por factores mais simbólicos do que cronológicos, na Matriz H de Chelas, edifício emblemático que a contemporaneidade tem sabido revisitar. Desejamos que esta homenagem possa dar mote a uma reflexão mais aprofundada, que a obra de Raul Ceregeiro há muito vem a merecer. Resta-nos agradecer a generosidade e o ânimo daqueles que permitiram que este dossier se construísse: José Adrião, Francisco Silva Dias, José Silva Carvalho e Pedro Graça, à equipa da Creche da Voz do Operário do Lavradio, e ainda um agradecimento naturalmente especial ao Arquitecto Paisagista João Ceregeiro.
ER  -