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Pais, Pedro Caldeira (2025). Condolências digitais e novas formas de criar identidades. Etnografia aplicada a obituários no Facebook de funerárias portuguesas. IX Congresso da Associação Portuguesa de Antropologia.
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P. M. Pais,  "Condolências digitais e novas formas de criar identidades. Etnografia aplicada a obituários no Facebook de funerárias portuguesas", in IX Congr.o da Associação Portuguesa de Antropologia, Viana do Castelo, 2025
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@misc{pais2025_1764937381722,
	author = "Pais, Pedro Caldeira",
	title = "Condolências digitais e novas formas de criar identidades. Etnografia aplicada a obituários no Facebook de funerárias portuguesas",
	year = "2025"
}
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TY  - CPAPER
TI  - Condolências digitais e novas formas de criar identidades. Etnografia aplicada a obituários no Facebook de funerárias portuguesas
T2  - IX Congresso da Associação Portuguesa de Antropologia
AU  - Pais, Pedro Caldeira
PY  - 2025
CY  - Viana do Castelo
AB  - Esta comunicação, do âmbito da Sociologia da Comunicação, foca-se no discurso de condolências por parte
de utilizadores em obituários publicados por funerárias locais portuguesas no Facebook. Com o objectivo de
 compreender o discurso de luto e identificar dinâmicas comunitárias online, aplicou-se o método etnográfico
a cerca de 200 obituários. Várias conclusões serão apresentadas, como uma elevada informalidade
 linguística (e.g., léxico digital e utilização pictográfica, erros gramaticais); a tendência para contrastes
 discursivos, com discurso revelador de falta de literacia emocional em contexto digital, mas também de
 partilha de experiências de luto e validação emocional; ou ainda a potencialidade destes espaços virtuais
para recordar o falecido através de relatos experienciados pelo utilizador. A partir destes resultados, é
 também pretendido iniciar uma discussão acerca do digital e do papel dos círculos secundários do morto —
isto é, dos utilizadores “conhecidos” do mesmo, que tenderão aqui a produzir comentários —, que parecem
 contribuir para a tendência actual da Web 2.0 para dirigir a narrativa de vida do morto de círculos primários
 para círculos secundários. Como tal, este último tipo de discurso tenderá a revelar-se menos linear e
 coerente, necessitando de uma “colagem” discursiva para colectivamente ser criada e desenvolvida a
 Identidade (digital) da pessoa falecida.
ER  -