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Guerreiro, Maria Rosália & Eloy, S. (2013). Sintaxe Espacial e Complexidade. Coloquio Luso-Brasileiro “Semiótica do Espaço”.
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M. R. Guerreiro and S. E. Rodrigues,  "Sintaxe Espacial e Complexidade", in Coloquio Luso-Brasileiro “Semiótica do Espaço”, Lisboa, 2013
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TY  - CPAPER
TI  - Sintaxe Espacial e Complexidade
T2  - Coloquio Luso-Brasileiro “Semiótica do Espaço”
AU  - Guerreiro, Maria Rosália
AU  - Eloy, S.
PY  - 2013
CY  - Lisboa
UR  - http://www.semiotica-espaco.tk/
AB  - Ao longo da história do urbanismo sempre existiu uma tensão entre aqueles que estudam as cidades e aqueles que as desenham. Isso tem conduzido a um divórcio entre a teoria e a prática. A grande dificuldade de compreender o espaço urbano, deve-se ao facto deste envolver a interação espacial, económica, social, cultural e cognitiva. No passado nenhum modelo de planeamento existiu para integrar estas interações complexas.

Recentemente esta lacuna começa a ser preenchida pelas teorias da complexidade aplicadas à cidade. O fenómeno urbano é abordado como um sistema de relações, conexões e interacções e portanto não totalmente previsível, (Portugali, 2011). Neste contexto, surge a teoria do space syntax que estuda o sistema urbano numa relação entre espaço e sociedade. Preconizada por Bill Hillier e Julliene Hanson a partir dos anos 70, é hoje uma teoria consistente que fornece a evidência clara sobre o modo como o ser humano perceciona o ambiente urbano e arquitetónico. Consequentemente, permite-nos qualificar e quantificar o modo como a arquitetura afecta a vida das pessoas.

O método consiste na identificação de padrões de relações espaciais que impulsionam o movimento e a presença de pessoas. Essas representações são traduzidas duma forma quantitativa por modelos matemáticos e sob a forma de uma comunidade virtual. Tais representações correspondem ao modo como as pessoas percepcionam o espaço e consequentemente à forma como o usam ou potencialmente o podem usar.

O comportamento humano e experiência espacial não podem ser investigados independentemente da forma e configuração do ambiente. A forma e a configuração do espaço arquitetónico influenciam a experiência e o comportamento e consequentemente contribuem para o tipo de lugar e comunidade em que esse espaço se torna. De entre as diversas abordagens à significação do espaço a teoria sintaxe espacial explora especificamente este aspeto.

Um ramo mais recente desta teoria é a análise de grafos de visibilidade (Turner et al. 2001) que combina isovistas (Benedikt, 1979) com estruturas de grafos através de algoritmos que formalizam comportamentos. Relacionado com a teoria de Gibson (1979), The Ecological Approach to Visual Perception, o estudo das propriedades das isovistas revela-se particularmente adequado para descrever propriedades relevantes do espaço do ponto de vista comportamental. Já no âmbito da cognição espacial e da inteligência artificial, os grafos tem sido usados há décadas como modelos de representações mentais do ambiente.

Tomando como casos de estudo algumas praças e ruas de Lisboa, o objetivo desta comunicação é explorar a natureza da relação entre padrões espaciais e vida social através de análise de grafos de visibilidade destes espaços. Procuram-se encontrar as regularidades do espaço público incorporado que possam ser qualificadas e quantificadas de uma forma analítica e sistemática. Os resultados sugerem aos projetistas formas de manipulação do espaço que contribuem para o impulso da vida urbana e da sociabilização – sendo essa a principal função da cidade.

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