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Dores, A. (2014). Ciências Sociais e Viver Bem. Colóquio Internacional Epistemologias do Sul.
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A. P. Dores,  "Ciências Sociais e Viver Bem", in Colóquio Internacional Epistemologias do Sul, Coimbra, 2014
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TY  - CPAPER
TI  - Ciências Sociais e Viver Bem
T2  - Colóquio Internacional Epistemologias do Sul
AU  - Dores, A.
PY  - 2014
CY  - Coimbra
UR  - http://alice.ces.uc.pt/news/?p=3651
AB  - O seguidismo entre países em vias de desenvolvimento e países desenvolvidos não é negada pela classificação centro-periferia, notam autores entusiasmados com as recentes vitórias ideológicas dos povos andinos, no Equador e na Bolívia, periferias das periferias das periferias. O Bem Viver e os direitos da natureza (Acosta, 2013) que preconizam estabelecer nos seus países – contra as políticas extractivistas – não são fundamentos de uma política de desenvolvimento alternativo: são uma proposta revolucionária para substituir globalmente a ideia de império explorador que os colonizou pelo respeito pela diversidade das identidades locais, em nome de sincretismos entre humanos e a natureza.
As ciências sociais e humanas, tal como ocorreu nos anos setenta, serão alvo de transformações profundas, seja para acompanhar as transformações sociais em curso, seja para se reposicionarem profissionalmente para as próximas décadas. Também elas terão de escolher entre a manutenção de um lugar periférico no concerto das ciências ou, em vez disso, assumirem o desígnio de se tornarem ciências como as outras, ajudando as actuais ciências da natureza (incluindo as prestigiadas disciplinas de medicina, engenharia, direito) a libertarem-se de preconceitos epistémicos que lhes inibem a participação cognitiva e prática na libertação social, e ao mesmo tempo libertando as actuais teorias sociais dos seus estreitos limites de acção.
A observação e seguimento da homologia de posições entre as lutas ultraperiféricas para o Bem Viver e o aprofundamento das perspectivas emancipatórias da crítica das teorias sociais (Mouzelis, 1995) no concerto das ciências (Lahire, 2012), no sentido da conquista da igual dignidade entre pares (povos e disciplinas científicas) pode reforçar mutuamente cada um desses movimentos, em parceria e solidariedade, e, ao mesmo tempo, transformar o mundo. 


ER  -