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Ramalho, Nélson, Barroso, Catarina & Santos, Bruno (2014). Práticas minimizadoras de sofrimento: a intervenção social com populações desassistidas. III Congreso Internacional de Serviço Social.
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N. A. Ramalho et al.,  "Práticas minimizadoras de sofrimento: a intervenção social com populações desassistidas", in III Congreso Internacional de Serviço Social, Lisboa, 2014
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TY  - CPAPER
TI  - Práticas minimizadoras de sofrimento: a intervenção social com populações desassistidas
T2  - III Congreso Internacional de Serviço Social
AU  - Ramalho, Nélson
AU  - Barroso, Catarina
AU  - Santos, Bruno
PY  - 2014
CY  - Lisboa
UR  - http://old.lis.ulusiada.pt/inicio/eventos/3ciss/programa.aspx
AB  - Introdução: Em Portugal existem ainda populações em situações de grande vulnerabilidade e exclusão social, ‘desassistidas’ por parte dos serviços sociais, fazendo questionar os princípios basilares de justiça social e direitos humanos desta profissão (IFSW, 2014), bem como as próprias políticas públicas. Exemplo dessa desassistência são as pessoas ‘travestis’ em contextos de trabalho sexual, fazendo parte de uma população em risco social pelas diferentes opressões e dificuldades a que são, diariamente, sujeitas (Burdgess, 2007). As práticas profissionais, investigativas e políticas d@s assistentes sociais têm-se centrado, maioritariamente, em construções essencialistas do género “homem” versus “mulher”. Para tal, têm contribuído a débil literatura em serviço social sobre as teorias pós-modernas e teorias queer, que oferecem, precisamente, críticas a este sistema binário (McPhail, 2004). São também reconhecidas lacunas nos currículos escolares d@s assistentes sociais, em que o conteúdo transgénero não é, ou raramente é, incluído (Erich, Boutte’-Queen, Donnelly e Tittsworth, 2007;  Payne, 2010), não se encontrando estes profissionais preparados para atender este público específico (Cassemiro, 2010). Esta despreparação é espelhada no desenvolvimento de limitadas práticas profissionais com este grupo populacional e, por isso, sem intervenção adequada. 
Objectivos: A Associação para o Planeamento da Família (APF – Lisboa, Tejo e Sado) pretendeu desenvolver uma resposta concertada de intervenção social com ‘travestis’ trabalhadoras do sexo na cidade de Lisboa, em especial na zona envolvente do Conde de Redondo, pertencente às freguesias de Arroios e Santo António, por ser uma zona com forte incidência da sua prestação de serviços sexuais comerciais. O projecto denominado “Trans-Porta” teve como objectivo principal a promoção da saúde e a prevenção da infeção VIH/SIDA.
Metodologia: A intervenção foi realizada, primordialmente, em contexto prostitucional de rua, com uma periodicidade quinzenal, em horário nocturno, entre as 00h e as 5h00. Todavia, privilegiou-se, ainda, a integração em contextos indoor (espaços de diversão nocturna) e em redes sociais (facebook), permitindo um diagnóstico das necessidades da população. A equipa técnica, constituída por uma coordenadora, uma enfermeira e um assistente social, utilizou a distribuição gratuita de preservativos como estratégia de aproximação inicial. Mais tarde foi, ainda, realizada uma abordagem de mobilização por pares, por conhecerem intimamente a rede social deste contexto. 
Resultados: O aprofundamento da intervenção social permitiu a realização de diligências de aconselhamento sobre os processo de transexualidade (agendamento de consultas de sexologia clínica e/ou acompanhamento do processo de alteração de nome), formas de transmissão da infecção pelo VIH ou outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), bem como a realização de encaminhamentos/acompanhamentos para organismos oficiais de apoio social, psicológico ou de saúde. Observou-se ainda a sua imersão em vivências de vulnerabilidade económica, habitacional, social/familiar e em termos de saúde.  
Conclusão: Os serviços sociais e humanos deverão estar preparados para prestar serviços qualificados junto de pessoas ‘travestis’ (ou outras pertencentes à comunidade LGBT) através de práticas competentes e afirmativas (Hunter e Hickerson, 2003), com vista a minimizar o seu sofrimento. O sucesso do projecto “Trans-Porta” mostrou a necessidade das práticas profissionais e respostas institucionais se adequarem às necessidades desta população. 
ER  -