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André, P. (2014). A cidade desejada como laboratorio crítico da cidade real: Pierre Joseph Pezerat. Arquitecturas do Mar, da Terra e do Ar – Arquitectura e Urbanismo na Geografia e na Cultura. 1, 222-230
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P. C. Pinto,  "A cidade desejada como laboratorio crítico da cidade real: Pierre Joseph Pezerat", in Arquitecturas do Mar, da Terra e do Ar – Arquitectura e Urbanismo na Geografia e na Cultura, Lisboa, vol. 1, pp. 222-230, 2014
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TY  - GEN
TI  - A cidade desejada como laboratorio crítico da cidade real: Pierre Joseph Pezerat
T2  - Arquitecturas do Mar, da Terra e do Ar – Arquitectura e Urbanismo na Geografia e na Cultura
VL  - 1
AU  - André, P.
PY  - 2014
SP  - 222-230
CY  - Lisboa
UR  - https://ciencia.iscte-iul.pt/publications/a-cidade-desejada-como-laboratorio-critico-da-cidade-real-pierre-joseph-pezerat/20108?lang=en
AB  - Partindo objectivamente do projecto de urbanização Bairro D. Fernando II da Boavista de Santos (1844) e da proposta de reaproveitamento das lamas da Boavista como fertilizante (1865), de Pierre Joseph Pezerat (1801-1872), em articulação com os itinerários deste engenheiro arquitecto por França, Brasil e Portugal, é nosso objectivo caracterizar o perfil da Lisboa desejada por Pezerat e revelá-la como crítica à cidade real. A cidade desejada tem uma vocação reflexiva, e tem em si a proposta de uma reflexão crítica pelo modo como elabora e estrutura um imaginário fundador e alternativo, e por isso parte integrante e definidora da cultura arquitectónica de cada período. Fomos instigados para este estudo pelo artigo Habiter deux utopies urbaines , de Pascaline Guillier (1966- ) que coloca a pertinente interrogação: “o projecto não é essencialmente utopia ou ideal até à última fase da sua construção” . Consideramos que Pezerat pelo seu compromisso com o território por via da arquitectura revela-se prospectivo, holístico e resiliente, e que os ensaios, projectos e pareceres que seleccionamos materializam: “as «arquitecturas do mar», como resultado de uma fixação ribeirinha, as «arquitecturas da terra», como origem de toda a actividade construtiva e as «arquitecturas do ar», como sonho babélico da capacidade empreendedora humana” . Os projectos idealizados por Pezerat pela sua vertente de laboratório crítico em relação à cidade real, aproximam-se da definição de Ernst Bloch (1885-1977) de utopia como laboratório e como “locus de iluminações antecipatórias e proféticas” , e também da sua definição de “paisagem do desejo” (wunschlandschaft). Consideramos ainda que a Lisboa desejada e sonhada babelicamente como La tête des chemins de fer d’Europe por Pezerat, assim como os seus projectos, podem ser assumidos como branding da cidade, pelo valor identitário da cultura arquitectónica oitocentista. Na obra Paris, capital do séc. XIX, escrita em 1935 por Walter Benjamin (1892-1940), é reconhecida a importância das experiências utópicas oitocentistas e do seu contributo para a história, revelando a “consciência onírica do colectivo”. Sonhar e desejar o futuro é fundamental, e pode ser uma ferramenta emancipadora da humanidade e vital em tempos de crise. 
ER  -