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Saleiro, Sandra Palma (2014). Para além do binarismo de género: proposta de uma tipologia de (trans)género a partir da diversidade de género encontrada na sociedade portuguesa. VIII Congresso Português de Sociologia: 40 anos de democracia(s): progressos, contradições e prospetivas.
S. M. Saleiro, "Para além do binarismo de género: proposta de uma tipologia de (trans)género a partir da diversidade de género encontrada na sociedade portuguesa", in VIII Congr.o Português de Sociologia: 40 anos de democracia(s): progressos, contradições e prospetivas., Évora, 2014
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TY - CPAPER TI - Para além do binarismo de género: proposta de uma tipologia de (trans)género a partir da diversidade de género encontrada na sociedade portuguesa T2 - VIII Congresso Português de Sociologia: 40 anos de democracia(s): progressos, contradições e prospetivas. AU - Saleiro, Sandra Palma PY - 2014 CY - Évora UR - http://www.aps.pt/?area=102&mid=005 AB - A atenção às pessoas que se situam, de algum modo, fora do sistema dominante de sexos/géneros únicos, fixos e dicotómicos foi negligenciada na sociologia até praticamente à última década do século passado (exceção feita a Garfinkel, 1963, com o seu famoso ensaio a partir do “caso de Agnes”). Recentemente temos vindo a assistir ao crescente interesse da disciplina, que coloca em jogo análises e interpretações alternativas e concorrentes das principais “leituras” disponíveis do fenómeno. Tanto a do senso comum, enraizada no desconhecimento de uma realidade ainda bastante invisível e, quando visível, “estranha”; como a da medicina, que parte de uma visão referenciada na biologia e tem produzido, pese embora os recentes e assinaláveis progressos, leituras patologizantes e homogeneizantes, ao modo dos diagnósticos. Ora, a identificação da “diversidade” dentro da “diversidade de género” (Monro, 2010), emergiu precisamente como um dos modos essenciais da sociologia contribuir para a compreensão das experiências destas pessoas e para a sua legibilidade social. A partir do cruzamento de dados provenientes de entrevistas em profundidade e inquéritos por questionário a pessoas transexuais e transgénero, bem como da frequência de espaços por elas habitados, procedeu-se a um levantamento dos diferentes modos de experienciar, interpretar e expressar o (trans)género na sociedade portuguesa. A análise das categorias emic de (trans)género em vigor nos espaços trans e dos sentidos nelas inscritos e investidos, permitiu identificar um conjunto de dimensões estratégicas para definir e caracterizar esses diferentes “lugares de género”, fora dos dois convencionais. Chegámos assim à proposta de uma tipologia de categorias de (trans)género, enraizada emicamente, que se relacionada com o tempo, espaço e modo de vivência e apresentação de género. Por “categoria de (trans)género” queremos dizer, tecnicamente, valores possíveis da variável “género”, para além dos exclusivamente “mulher” ou “homem”. Os dados que sustentam a presente comunicação foram produzidos no âmbito do projeto “Transexualidade e Transgénero: Identidades e Expressões de Género”, desenvolvido no CIES-IUL com financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). ER -