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Raposo, Otávio (2014). 'Nós representa a favela mano': B-boys da Maré superando estereótipos = “We represent a slum, Mano”: B-boys overcoming stereotypes. Antropolítica. 37, 21-50
O. R. Raposo, "'Nós representa a favela mano': B-boys da Maré superando estereótipos = “We represent a slum, Mano”: B-boys overcoming stereotypes", in Antropolítica, no. 37, pp. 21-50, 2014
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TY - JOUR TI - 'Nós representa a favela mano': B-boys da Maré superando estereótipos = “We represent a slum, Mano”: B-boys overcoming stereotypes T2 - Antropolítica IS - 37 AU - Raposo, Otávio PY - 2014 SP - 21-50 SN - 1414-7378 UR - http://www.revistas.uff.br/index.php/antropolitica/article/view/252 AB - Um dos mais importantes grupos de dançarinos de break dance do Rio de Janeiro atuava e residia na Maré, um conjunto de dezesseis favelas com aproximadamente 130 mil habitantes. Dinamizado, inicialmente, por ONG locais em escolas da região, este estilo de dança se expandiu e ganhou novos adeptos no bairro, que passaram a participar ativamente no circuito break dance da cidade. Tornar-se um b-boy ou uma b-girl (dançarino de break dance) tinha um significado especial na vida desses jovens, pois era um eficiente meio para conquistar respeito e visibilidade. Ao recorrer à identidade b-boy, buscavam uma singularidade capaz de contrariar as imagens estigmatizantes a que eram frequentemente associados por viverem em favelas e pertencerem a uma classe social desfavorecida. A participação em eventos e campeonatos do estilo estimulava a circulação dos jovens no espaço urbano e a sua interação com múltiplos repertórios e estilos de vida. Apresentações irrepreensíveis em eventos de break dance eram razão de glória para eles, momentos inesquecíveis a lhes proporcionar a sensação de serem queridos e admirados no âmbito de uma cultura prestigiada internacionalmente. Ao vencerem campeonatos de dança projetavam uma imagem que os representava como potência e não mais numa situação de carência, saltando as barreiras simbólicas que os mantinham circunscritos ao rótulo de favelado”. ER -