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Mota, Maria Sarita & Peixoto, Fabio (2009). Novas territorialidades rurais e urbanas no município do Rio de Janeiro. In II Simpósio Nacional O Rural e O Urbano no Brasil. Rio de Janeiro: IGEO-UERJ.
M. S. Mota and F. C. Peixoto, "Novas territorialidades rurais e urbanas no município do Rio de Janeiro", in II Simpósio Nacional O Rural e O Urbano no Brasil, Rio de Janeiro, IGEO-UERJ, 2009, vol. 2
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TY - CPAPER TI - Novas territorialidades rurais e urbanas no município do Rio de Janeiro T2 - II Simpósio Nacional O Rural e O Urbano no Brasil VL - 2 AU - Mota, Maria Sarita AU - Peixoto, Fabio PY - 2009 CY - Rio de Janeiro AB - Os processos de globalização e integração de mercados que caracterizam a economia mundial têm produzido no campo ou nas cidades novas ruralidades e urbanidades (modernizadas ou de resistências), privilegiando novas redes sociais que resultam em movimentos de enriquecimento ou de empobrecimento das populações. A noção de desenvolvimento rural sustentável no Brasil (como sinônimo de crescimento econômico) está vinculada à modernização da agricultura e ao agronegócio, bem como a integração de atividades agrícolas e não-agrícolas no espaço rural ou urbano. Não iremos apresentar aqui a crítica da ideologia da sustentabilidade do desenvolvimento, e sim os processos concretos para a economia de uma região, considerando a dimensão territorial do desenvolvimento e o destino das populações neste processo. Nossa reflexão objetiva compreender as novas territorialidades então construídas decorrentes do processo de globalização, em especial nas relações envolvendo a escala local e global na cidade do Rio de Janeiro que, como qualquer metrópole latino-americana, apresenta disparidades regionais que redimensionam a relação rural-urbano. Pretende-se analisar os processos de implantação de políticas públicas de desenvolvimento local na região de Guaratiba (área de preservação rural e ambiental do município localizada no extremo oeste da cidade) e Santa Teresa, por sua vez localizada na região central da cidade. Estes espaços simbolizam os limites geográficos da cidade e são tensionados pelos processos societários contemporâneos impulsionados pela globalização em curso. Acreditamos que a opção que fizemos aqui por privilegiar a análise e a descrição permite uma melhor caracterização das relações sócio-espaciais, das estruturas produtivas, bem como uma apreensão minuciosa da via de desenvolvimento seguida em cada região em estudo, sua evolução e seus desdobramentos a nível microrregional. Percebe-se que as atuais políticas públicas visam o desenvolvimento local impulsionado pelas idéias de sustentabilidade, produtividade e qualidade de vida como modelo hegemônico de inclusão social, de inserção competitiva em um mercado em constante mudança. No entanto, especificamente para o meio rural, quando se pensa na introdução de produtos de maior valor agregado, na geração de renda e trabalho, não se considera que o mundo rural é cenário de disputas entre diferentes projetos sócio-territoriais. Assim, uma grande parcela da população é excluída; a estrutura agrária permanece inalterada, os saberes tradicionais são ignorados. E, para o caso de Santa Teresa, imbricado no centro histórico da cidade, ocorre um processo de preservação do patrimônio urbano, ocasionando o fenômeno da turisficação do bairro direcionado ao turismo global. Como conclusão percebe-se a construção de novas territorialidades e que o processo de refuncionalização destas áreas afetou consideravelmente as populações locais, desestruturando as suas tradicionais formas de viver, impedindo a formulação de uma agência fomentadora da resistência social. ER -