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Raposo, Otávio (2014). Prestígio e poder no circuito break dance carioca. Tensão entre os b-boy. 29ª Reunião Brasileira de Antropologia.
O. R. Raposo, "Prestígio e poder no circuito break dance carioca. Tensão entre os b-boy", in 29ª Reunião Brasileira de Antropologia, Natal, 2014
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TY - CPAPER TI - Prestígio e poder no circuito break dance carioca. Tensão entre os b-boy T2 - 29ª Reunião Brasileira de Antropologia AU - Raposo, Otávio PY - 2014 CY - Natal UR - http://www.29rba.abant.org.br/resources/anais/1/1401979446_ARQUIVO_Prestigioepodernocircuitobreakdancecarioca-ABA%28completo%29.pdf AB - Um grupo de jovens de diferentes favelas da Maré (Rio de Janeiro) encontrava-se regularmente para dançar break dance (uma das vertentes da chamada “cultura hip-hop”), participando de um circuito de lazer e sociabilidade centrado nesta prática cultural. O interesse pela dança foi responsável pela reformulação das suas redes de amizade, tornando possível que ficassem amigos. Essa questão é relevante devido aos constrangimentos na circulação dos habitantes provocados pelos confrontos armados entre diferentes facções do tráfico de drogas e agravados pela ação truculenta da polícia. Conforme passei a frequentar os locais de ensaio dos dançarinos fui-me apercebendo de algumas tensões e rivalidades. Nem todos recebiam o mesmo grau de atenção e encorajamento, tampouco as interações se davam de igual forma entre eles. Embora o break dance fosse a atividade lúdica estruturante dos b-boys da Maré, diferentes modos de apropriar a dança constituíam motivos de discórdia. Pude constatar que esses jovens estavam divididos informalmente em dois subgrupos. Essa divisão nas sociabilidades não estava vinculada a diferenças sociais ou à cor da pele. Eram relações do tipo “estabelecidos e outsiders” que tornavam compreensíveis tais antagonismos, resultantes da capacidade de um dos subgrupos conseguir monopolizar as oportunidades de prestígio oferecidas no circuito break dance da cidade. ER -