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Mauritti, R (2015). Os idosos no meio rural: distância e isolamento - apenas geográfico?. Seminário Naturalmente Envelhecendo.
M. D. Mauritti, "Os idosos no meio rural: distância e isolamento - apenas geográfico?", in Seminário Naturalmente Envelhecendo, Sintra, 2015
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TY - CPAPER TI - Os idosos no meio rural: distância e isolamento - apenas geográfico? T2 - Seminário Naturalmente Envelhecendo AU - Mauritti, R PY - 2015 CY - Sintra AB - Diversos estudos nacionais e internacionais têm posicionado Portugal entre os Países mais desiguais no contexto das sociedades modernas contemporâneas. A análise destes processos no plano intranacional dá relevância à componente de território, em particular tendo em conta o segmentação urbano/rural. No início do séc. XXI estimativas do relatório produzido pela Comissão Europeia (2008) " POVERTY AND SOCIAL EXCLUSION IN RURAL AREAS: Country porfile" indicam que em Portugal, 33% das populações residentes em meio rural está em risco de pobreza (a proporção é sensivelmente o dobro da que encontramos no meio urbano). Se estes são os dados que caracterizavam o país na transição para o novo milénio, em que medida o conhecimento destas profundas assimetrias que demarcavam então o território nacional apoiou,ou não, o desenvolvimento de políticas específicas visando a recuperação de regiões deprimidas? Como se posicionam hoje estas regiões no plano socioeconómico e demográfico? Que desafios específicos se colocam às regiões rurais tendo em vista o incremento da qualidade de vida e condições de bem-estar das suas populações? Enfim, recolocando o título da comunicação »Idosos erm meio rural: distância e isolamento - apenas geográfico?». O estudo desenvolvido permite concluir a relativa escassez de elementos estatísticos de monitorização da situação atual destas regiões (com excepção dos dados demográficos gerais), delimitadas na referência ao conceito "zonas predominantemente rurais" (cf. INE, 2011: meta informação divisão administrativa). Assumindo que um dos principais usos instrumentais e motivo para o desenvolvimento do sistema estatístico nacional é informar políticas, tal escassez de dados sugere que o Rural hoje, definitivamente, não está na moda, parecendo existir uma ausência de estratégia nacional para estes territórios. A desruralização concomitante com a concentração da população na faixa litoral urbana do território fez de Portugal um país que se projecta no presente e no futuro à custa do incremento das desigualdades. Num posicionamento crítico face a este estado de situação, faz-se apelo a construção de políticas fundadas numa lógica de coesão e dignidade humana. Políticas que saem da lógica do mercado onde apenas o que tem preço tem valor; ou em que tudo tem preço e é classificado como despesa sem valor. Contra esta orientação, faz-se apelo a políticas fundadas nas pessoas para as pessoas: fundadas nos contextos e territórios locais e apoiadas e orientadas para as pessoas. ER -