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Pinheiro, N. (2015). •	“A Terra das mais Lindas Mulheres de Portugal, Visões de Classe e de Género”. I Encontro de Cultura Visual, IX Congresso SOPCOM.
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N. D. Pinheiro,  "•	“A Terra das mais Lindas Mulheres de Portugal, Visões de Classe e de Género”", in I Encontro de Cultura Visual, IX Congr.o SOPCOM, Coimbra, 2015
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TY  - CPAPER
TI  - •	“A Terra das mais Lindas Mulheres de Portugal, Visões de Classe e de Género”
T2  - I Encontro de Cultura Visual, IX Congresso SOPCOM
AU  - Pinheiro, N.
PY  - 2015
CY  - Coimbra
AB  - Visões de género e classe
(A Terra das mais Belas Mulheres de Portugal)
O nacionalismo oitocentista baseava-se na trilogia Território, História, Povo, tendo expressões visuais, nomeadamente na fotografia. Não sendo possível uma abordagem global do tema tentaremos uma abordagem a questões e a um exemplo concreto da forma como o “povo” era visto na fotografia portuguesa por volta de 1900. O exemplo é o concurso de fotografia promovido pela Ilustração Portuguesa, em 1906 e que pretendia encontrar, com as imagens dos leitores, a Terra das mais Lindas Mulheres de Portugal. 
A temática aponta para o bucolismo então em moda, para uma visão etnográfica e também para os estereótipos de género, nomeadamente para a ideia das “belas e saudáveis” mulheres do campo, num imaginário erótico bucólico, que se pode encontrar, por exemplo, em A Cidade e as Serras de Eça de Queirós. Estas mulheres não eram as senhoras da sociedade de Lisboa ou Porto, mas sim as “mulheres do povo”.
Este concurso pretende ser uma sistematização, em que idealmente haveria representação de todo o país, dando a possibilidade de mostrar a variedade étnica e etnográfica de Portugal. Cada mulher representada não seria uma individualidade, mas sim um tipo social e profissional da sua terra. Pretende-se ter uma sistematização, a exemplo do que foi feito com monumentos, embora em Portugal as tentativas não tenham sido muito bem sucedidas. 
O resultado do concurso (que foi repetido e ficou aquém das expectativas) reflecte uma visão do país, que sendo determinada pelos média (Ilustração Portuguesa que promoveu) é também a dos leitores que mostram a sua valorização sobre a beleza, sobre os tipos etnográficos ou as regiões do país. Deste concurso resulta uma visão muito parcelar, mas também muito desigual, num contexto em que o bucolismo e o nacionalismo determinavam a visão do país.

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