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Matias, A.R. (2015). Konta bu storia -- Padrões de Aculturação Linguística de uma Mulher Imigrante Caboverdiana  em Portugal. Colóquio Narrar e Retratar. Desafios às Ciências Sociais.
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A. R. Matias,  "Konta bu storia -- Padrões de Aculturação Linguística de uma Mulher Imigrante Caboverdiana  em Portugal", in Colóquio Narrar e Retratar. Desafios às Ciências Sociais, Porto, 2015
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TY  - CPAPER
TI  - Konta bu storia -- Padrões de Aculturação Linguística de uma Mulher Imigrante Caboverdiana  em Portugal
T2  - Colóquio Narrar e Retratar. Desafios às Ciências Sociais
AU  - Matias, A.R.
PY  - 2015
CY  - Porto
UR  - http://www.cies.iscte.pt/np4/?newsId=998&fileName=diversidade_programa.pdf
AB  - O trabalho que aqui apresento enquadra-se num estudo cujo objectivo principal é conhecer e identificar as práticas e as atitudes linguísticas de várias gerações de origem caboverdiana a viver em Portugal. A entrevistada deste texto nasceu na Ilha de Santiago (Cabo Verde) há 61 anos e vive em Portugal há 34. No país de origem não falava português, casa com um caboverdiano que frequentou o sistema de ensino em Cabo Verde e foi pioneiro da emigração da família para a Europa. Em Portugal, o marido falece muito cedo, deixando a mulher sozinha com quatro filhos, tornando-se esta o principal sustento da família. 

No decorrer da nossa conversa, a entrevistada configura uma história de vida e biografia linguística de alguém que, mesmo sendo analfabeta e falante de outra língua que não o português, tem sido perfeitamente capaz de comunicar de forma autónoma, e sobretudo de estabelecer boas relações nos inúmeros papéis que assume: de mãe, de avó, de vizinha, de trabalhadora e cidadã. No entanto, o seu discurso é também revelador de socializações onde, primeiro em Cabo Verde e depois em Portugal e no espaço Europeu que se vai alargando, as práticas multilingues que incluam o português e outras línguas europeias prevalecem como principal instrumento de mobilidade social e de cidadania, em detrimento da língua primeira desta avó-mãe. As estratégias de mobilidade social abordadas definem-se, aqui, à luz das escolhas linguísticas na família, onde o elemento mais velho rejeita para si a possibilidade de se tornar falante legítimo de português, relegando essa responsabilidade para os seus descendentes, ao custo da assimilação linguística.  A construção sociológica do que significa esse investimento em diferentes línguas, diferenciado entre gerações, tem sido um importante complemento às teorias da motivação na área da psicologia, aplicada aos estudos das migrações e de mobilidade social (Norton 2012; Brizi? 2006, 2008). 
ER  -