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Saleiro, Sandra Palma (2016). A diversidade da ‘diversidade de género’: mapeamento de identidades e expressões de (trans)género na sociedade portuguesa. TRANS*Formations Conference. Lives and politics beyond the gender binary.
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S. M. Saleiro,  "A diversidade da ‘diversidade de género’: mapeamento de identidades e expressões de (trans)género na sociedade portuguesa", in TRANS*Formations Conf.. Lives and politics beyond the gender binary, Lisboa, 2016
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TY  - CPAPER
TI  - A diversidade da ‘diversidade de género’: mapeamento de identidades e expressões de (trans)género na sociedade portuguesa
T2  - TRANS*Formations Conference. Lives and politics beyond the gender binary
AU  - Saleiro, Sandra Palma
PY  - 2016
CY  - Lisboa
AB  - A atenção às pessoas que se situam fora do sistema dominante de sexos/géneros únicos, fixos e dicotómicos foi negligenciada na sociologia até praticamente à última década do século passado (exceção feita a Garfinkel, 1967, com o seu famoso ensaio a partir do “caso de Agnes”). Em Portugal essa ausência prolongou-se até à segunda metade da primeira década do presente século. O projeto “Transexualidade e transgénero: Identidades e expressões de género”, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e desenvolvido no CIES, ISCTE-IUL entre 2007 e 2010, que sustenta esta comunicação, inaugurou o estudo desta temática nas ciências sociais em Portugal, contribuindo para o preenchimento deste “vazio” na sociologia portuguesa. A literatura sobre transgénero nas ciências sociais, a “experiência encarnada” dos próprios autores e/ou ativistas trans e o conhecimento acumulado no decurso do trabalho de campo, que implicou o contacto com dezenas de pessoas trans, evidenciaram a identificação da “diversidade” (dentro) da “diversidade de género” (Monro, 2010) como um contributos essenciais para a compreensão e legibilidade social do fenómeno e das vidas das pessoas com identidades de género minoritárias. O mapeamento dos diferentes modos de experienciar, interpretar e expressar o (trans)género na sociedade portuguesa constituiu assim um dos principais resultados do projeto. Tal exercício, que resultou na elaboração de uma tipologia de categorias de (trans)género, e que apresentamos nesta comunicação, foi realizado a partir do cruzamento de dados provenientes de entrevistas em profundidade e inquéritos por questionário a pessoas trans, bem como da frequência de espaços por elas habitados. O recurso aos discursos e práticas das pessoas trans revela a necessidade de expandir a compreensão dos conceitos de “sexo” e “género”, mas igualmente de outros que têm sido perspetivados por relação a um modelo binário de sexo/género, como os de “identidade sexual” e “orientação sexual”, pois tal como têm sido compreendidos e operacionalizados não se mostram aptos a dar conta da diversidade de género e sexual presente nas sociedades contemporâneas. Evidencia ainda a insuficiência dos modelos médicos tradicionais, que têm constituído a epistemologia dominante do transgénero, desafiando igualmente os instrumentos legais de reconhecimento de direitos, entre os quais o direito universal à (auto)identidade e expressão de género, que se encontram em processo de discussão em diversos contextos, entre os quais o português. 
ER  -