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Dores, A. P. (2016). Rendimento básico incondicional: Uma perspectiva abolicionista dos controlos sociais. In IX Congresso Português de Sociologia: Portugal, território de territórios. Faro: Associação Portuguesa de Sociologia.
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A. P. Dores,  "Rendimento básico incondicional: Uma perspectiva abolicionista dos controlos sociais", in IX Congr.o Português de Sociologia: Portugal, território de territórios, Faro, Associação Portuguesa de Sociologia, 2016
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@inproceedings{dores2016_1732205676682,
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TY  - CPAPER
TI  - Rendimento básico incondicional: Uma perspectiva abolicionista dos controlos sociais
T2  - IX Congresso Português de Sociologia: Portugal, território de territórios
AU  - Dores, A. P.
PY  - 2016
CY  - Faro
UR  - https://associacaoportuguesasociologia.pt/ix_congresso/actas/actas
AB  - “Estamos a viver acima das nossas possibilidades”, foi uma das justificações do lançamento da crise. A atenção ao esgotamento dos recursos não renováveis foi subsumida em detrimento da alegada necessidade de pagamento das dívidas. O recuo do orçamento social revelou a fragilidade das vidas sujeitas ao assistencialismo. A sociedade divide-se entre os que podem pagar as suas despesas e os que só podem sobreviver se pedirem o favor alheio.  
O ressurgimento da discussão do Rendimento Básico Incondicional, com 500 anos de história, procura recolocar o debate. Substituirá o Rendimento Social de Inserção e outras prestações condicionadas. Substituirá a ajuda económica e social pelo direito à dignidade. Consta de uma verba entregue regularmente, sem contra partidas, capaz de permitir, a qualquer pessoa, a subsistência individual sem ajudas.
Um dos principais obstáculos a este tipo de políticas pode ser a oposição dos trabalhadores sociais, cujos empregos (nas suas versões actuais) ficam em risco de obsolescência. Ao mesmo tempo, e contraditoriamente, as expectativas de  transformação  associadas  ao  RBI  fundam-se  num  novo  aproveitamento  das capacidades  sociais  actualmente atrofiadas pela cultura de controlo adoptadas pelas actuais políticas sociais.
O que é mais racional? Manter um sector económico cuja matéria-prima é o crescente número de pobres ou dar 
directamente, dinheiro a todas as pessoas, sem discriminações?
ER  -