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Clemente, M. (2016). Trabalho sexual e tráfico de seres humanos em Portugal. Desafios éticos e políticos. 30ª RBA - Reunião Brasileira de Antropologia - Políticas da antropologia: ética, diversidade e conflitos.
M. Clemente, "Trabalho sexual e tráfico de seres humanos em Portugal. Desafios éticos e políticos", in 30ª RBA - Reunião Brasileira de Antropologia - Políticas da antropologia: ética, diversidade e conflitos, João Pessoa, 2016
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TY - CPAPER TI - Trabalho sexual e tráfico de seres humanos em Portugal. Desafios éticos e políticos T2 - 30ª RBA - Reunião Brasileira de Antropologia - Políticas da antropologia: ética, diversidade e conflitos AU - Clemente, M. PY - 2016 CY - João Pessoa UR - http://www.30rba.abant.org.br/site/capa AB - O que acontece quando uma trabalhadora do sexo 'torna-se' uma vítima de tráfico? Quais são os desafios éticos e políticos face os quais pode-se encontrar a prática etnográfica no estudo do tráfico e da exploração sexual? Quais são as estratégias para articular um diálogo proveitoso entre os diferentes atores - a academia, a população de trabalhadores sexuais, as pessoas traficadas, as organizações governamentais e não-governamentais? Nos primeiros anos deste século, a reação de algumas mulheres portuguesas organizadas no autoproclamado movimento das 'mães de Bragança' contra a 'invasão' da região norte do país por parte de trabalhadoras do sexo brasileiras e, especialmente, a necessidade de adaptação do país às políticas europeias de combate ao tráfico de seres humanos (TSH), atraíram a atenção midiática e política sobre a prostituição e o TSH em Portugal. Era uma altura em que avançava lentamente o trabalho de algumas organizações não-governamentais, que começaram a trabalhar ao lado de um pequeno grupo de organizações católicas historicamente envolvidas na assistência das mulheres com experiência de venda de sexo. Ao longo dos anos manteve-se praticamente inexistente um movimento de trabalhadores sexuais. Mesmo a tentativa de estabelecer uma rede de organizações, trabalhadores do sexo e pesquisadores, parece mover-se ainda hoje com timidez e preocupação em relação à gestão das relações institucionais e dos respectivos financiamentos. A partir de 2007 teve início no país também a construção de um sistema de prevenção e combate ao TSH e assistência às vítimas mas um 'barulhoso silêncio' das pessoas traficadas – especialmente mulheres, estrangeiras, com uma experiência de exploração sexual – coloca fortes dúvidas em relação o pleno reconhecimento de uma 'victimhood'. Um forte estigma e um paradigma securitário de gestão do tráfico de seres humanos parecem manter essas pessoas traficadas fora das estimativas produzidas anualmente a nível ministerial, do sistema Português de assistência das vítimas de tráfico, bem como das limitadas experiências de pesquisa empírica sobre o tema. Atualmente, em Portugal, o status e a etiqueta de vítima de tráfico excluir ou, pelo menos, torna extrema-mente complexo e excepcional o encontro destas com a pesquisa, colocando numerosas questões éticas e políticas que o artigo pretende analisar dentro de uma reflexão crítica mais ampla sobre a colaboração e as relações complexas entre diferentes atores: a prática etnográfica, a população de trabalhadores do sexo e as pessoas traficadas, os agentes governamentais e não-governamentais. ER -
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