Exportar Publicação

A publicação pode ser exportada nos seguintes formatos: referência da APA (American Psychological Association), referência do IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), BibTeX e RIS.

Exportar Referência (APA)
Ramos, M. (2016). Perceções e atitudes dos estudantes e docentes sobre o plágio. 3º Congresso Nacional de Práticas Pedagógicas no Ensino Superior . CNaPPES.16.
Exportar Referência (IEEE)
M. M. Ramos,  "Perceções e atitudes dos estudantes e docentes sobre o plágio. 3º Congresso Nacional de Práticas Pedagógicas no Ensino Superior ", in CNaPPES.16, Lisboa, 2016
Exportar BibTeX
@misc{ramos2016_1714719752007,
	author = "Ramos, M.",
	title = "Perceções e atitudes dos estudantes e docentes sobre o plágio. 3º Congresso Nacional de Práticas Pedagógicas no Ensino Superior ",
	year = "2016",
	howpublished = "Outro",
	url = ""
}
Exportar RIS
TY  - CPAPER
TI  - Perceções e atitudes dos estudantes e docentes sobre o plágio. 3º Congresso Nacional de Práticas Pedagógicas no Ensino Superior 
T2  - CNaPPES.16
AU  - Ramos, M.
PY  - 2016
CY  - Lisboa
AB  - A promoção da integridade académica é uma das grandes preocupações do ensino em geral e a universidade não foge a esta regra. Ancorado nesta preocupação, está neste momento em curso, no âmbito do Conselho Pedagógico do ISCTE-IUL, um projeto que tem como temática as perceções e atitudes dos docentes e alunos sobre o plágio.
Com recurso à aplicação de questionários foi possível apurar quais as perceções dos alunos e docentes desta instituição universitária acerca do que é o plágio, qual a sua gravidade, quais as causas que estão na sua origem e que medidas de prevenção são mais eficazes. Ao nível das atitudes, conseguiu-se determinar qual a frequência com que ocorre e, nos casos em que foi identificada pelo docentes, que tipo de intervenção tiveram. 
Numa amostra constituída por 660 alunos, com idades entre os 17 e os 64 anos, maioritariamente feminina, em que estão representados os diversos ciclos de estudo e as diversas áreas científicas presentes na instituição, ficou claro que não é o desconhecimento a principal causa para o plágio. Com efeito, das várias situações propostas, a grande generalidade é identificada pelos estudantes como sendo plágio, sendo-lhe atribuída uma gravidade elevada. O motivo mais apontado para o facto de alguém ser levado a cometer plágio é a preguiça, seguindo-se as dificuldades na elaboração de um texto académico, a falta de compreensão do que está a ser estudado, práticas pedagógicas de avaliação no secundário que promovem a utilização de ideias/textos de outros sem a devida referência, a par da falta de tempo.
A grande maioria dos alunos refere que nunca cometeu plágio, no entanto, cerca de ¼ admite já o ter feito uma ou duas vezes. Para que o plágio não aconteça é fundamental, na sua perspetiva, que os professores disponibilizem atempadamente toda a informação necessária para a realização dos trabalhos e que exista um acompanhamento efetivo aquando da sua realização. Importante é também a existência de informação acerca das regras relativas ao plágio, acompanhada da utilização das ferramentas informáticas de deteção de plágio.
Na amostra dos docentes (n=131) a diversidade etária (entre os 31 e 75 anos) e antiguidade (entre 1 e 40 anos) é grande, e estão representados os vários departamentos científicos existentes na instituição. À semelhança dos alunos, também os docentes tendem a identificar como plágio as várias situações propostas, a atribuir lhe gravidade e a ver na preguiça o principal responsável por esta situação. À preguiça segue-se, no entender dos professores o facto de os alunos pensarem que não é grave porque todos o fazem, a crença de que vale a pena cometer plágio se com isso conseguir notas mais altas, a ideia segundo a qual “o importante é concluir as unidades curriculares, seja qual for o preço” e pensar que nunca será apanhado.
A percentagem de deteção de situações de plágio é muitíssimo elevada no 1º ciclo e, em muitos casos, não foi uma situação isolada, tendo ocorrido 3 ou mais vezes. À medida que evoluímos de trabalhos de 1º ciclo para teses ou projetos finais de 3º ou 3º ciclo aumenta a percentagem de docentes que refere nunca ter detetado situações de plágio.
Dos docentes que detetaram situações de plágio em trabalhos de unidades curriculares de 1º ou de 2º ciclo, a penalização mais comum foi a anulação do trabalho e o envio do aluno para exame; todavia, uma parte importante dos docentes anulou o trabalho, mas permitiu que o aluno continuasse em avaliação periódica. Poucos foram os que participaram o acontecimento a outrem, seja Departamento, Escola, Comissão Pedagógica da Escola ou Reitor.
Quando o plágio foi detetado em trabalhos finais de ciclo (2º ou 3º ciclo), mais de metade dos docentes conversou com o aluno e obrigou-o a reformular a tese/projeto. Uma parte importante denunciou a situação e impediu que a tese fosse apresentada. Só uma minoria reportou na situação ao Reitor.
Para prevenir que o plágio aconteça, é importante, segundo os docentes, tornar mais severas as penalizações para quem comete plágio, informar os alunos acerca das regras relativas ao plágio e de que os trabalhos serão submetidos às ferramentas de deteção de plágio.
Informação, informação, informação. Esta é uma palavra que aparece frequentemente. Apesar da grande maioria de estudantes e docentes saber que existe na instituição regulamentação escrita sobre o plágio, isto parece não ser suficiente. É importante aumentar o conhecimento sobre as questões ligadas ao plágio de forma a prevenir o seu aparecimento. E isso pode passar por integrar informação sobre o plágio nas atividades letivas e pela produção de documentos a distribuir por docentes e alunos com respostas a questões como: “O que é plágio?”, “Como se deteta o plágio?”, “O que se deve fazer em caso de deteção de plágio?”, “Quais as penalizações para quem comete plágio?”.

ER  -