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Lima, Antónia (2016). “Construir o futuro sem esperança: precarização da classe média em Portugal.” . Reunião Brasileira de Antropologia: “Políticas da antropologia – ética, diversidade e conflitos”.  
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M. A. Lima,  "“Construir o futuro sem esperança: precarização da classe média em Portugal.” ", in Reunião Brasileira de Antropologia: “Políticas da antropologia – ética, diversidade e conflitos”.  , João Pessoa, 2016
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TY  - CPAPER
TI  - “Construir o futuro sem esperança: precarização da classe média em Portugal.” 
T2  - Reunião Brasileira de Antropologia: “Políticas da antropologia – ética, diversidade e conflitos”.  
AU  - Lima, Antónia
PY  - 2016
CY  - João Pessoa
UR  - http://www.30rba.abant.org.br/trabalho/view?q=YToyOntzOjY6InBhcmFtcyI7czozNDoiYToxOntzOjExOiJJRF9UUkFCQUxITyI7czoyOiIzNyI7fSI7czoxOiJoIjtzOjMyOiJiZTkyZTQ1ODkyOWRiN2FhN2FhNjIwMmRlMTgwMjA0MiI7fQ%3D%3D
AB  - A actual crise socioeconómica em Portugal, tem produzido profundos impactos na organização das vidas das pessoas, nas suas expectativas de futuro, e no desenvolvimento de estratégias de sobrevivência em resposta às carências materiais e imateriais. Nesse sentido, procuro compreender o modo como as pessoas têm vindo a construir e reconfigurado os seus quotidianos e as suas trajectórias de vida, face a situações de abrupta perda de rendimentos, ou, noutros casos, pelo agravamento da sua situação de precariedade financeira e/ou social prolongada. Como se gere o sentimento de perda simbólica e material, de reconfiguração de estilos de vida e coo se vive um presente que nos encaminha para um futuro que não conseguimos planear. Como se constrói um futuro sem esperança num contexto onde a precarização crescente transforma a reação à crise na própria vida social
Nesta comunicação será apresentado o trabalho de campo no âmbito de famílias de classe média de Lisboa e Porto e analisado o profundo impacto que a implementação das medidas de austeridade teve neste grupo de estatuto intersectando questões de classe, género e grupo de idade. Nestes terrenos de pesquisa, verifica-se o ressurgimento de mecanismos de entreajuda que têm vindo a reactivar redes de solidariedade de proximidade. Essas redes são dinamizadas por ressignificadas noções de bem comum, justiça, dádiva e resiliência. 

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