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André, P. (2016). Imagens das Realizações Materiais. Workshop Projecto Fotografia Impressa.
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P. C. Pinto,  "Imagens das Realizações Materiais", in Workshop Projecto Fotografia Impressa, Lisboa, 2016
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	year = "2016",
	howpublished = "Outro",
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TY  - CPAPER
TI  - Imagens das Realizações Materiais
T2  - Workshop Projecto Fotografia Impressa
AU  - André, P.
PY  - 2016
CY  - Lisboa
UR  - https://ciencia.iscte-iul.pt/publications/imagens-das-realizacoes-materiais/32103?lang=en
AB  - O reportório das Imagens das Realizações Materiais, inclui as temporalidades e as escalas das imagens arquitectónicas e urbanas; da paisagem, do património e do restauro de monumentos; dos parques e jardins; da cultura popular e do turismo; do cinema, do teatro e da dança. Procurando desvendar os mecanismos de comunicação visual e os significados da exibição de Portugal e das imagens das realizações materiais, a fotografia revelou-se instrumento documental, meio discursivo, dispositivo operativo e ferramenta matricial da imagem e da propaganda de Portugal no período do Estado Novo (1934-1974). O potencial performativo e persuasivo da fotogenia do mundo urbano e rural português, foi potenciado através da fotografia como dispositivo de visão dinâmica, simultaneamente imagético e identitário explorado numa estratégia de propaganda política. 
A eloquência das imagens das Obras Públicas contribuíram de forma inequívoca para a construção de uma ideia e de uma “Imagem de Portugal”. Duarte Pacheco representou exemplarmente a via progressista das Obras Públicas, principal criação deste período e sua imagem representativa, mostrando um país que exibia a sua modernidade. Lisboa enquanto “Capital do Império” (construtora de modelos para a metrópole e para as colónias), foi palco paradigmático dessas realizações e palco das grandes exposições verdadeiras sínteses performáticas que através da fotografia exibiam e exaltavam a Nação. A Exposição 15 anos de Obras Públicas (1948) é disso o melhor exemplo, quer através do uso da fotografia de grande formato, fotomontagens, plantas, maquetas, modelos em tamanho natural e até filmes e documentários, quer através dos respectivos catálogos, tudo em prol da propaganda. O regime utilizou a cultura popular por razões ideológicas, e António Ferro afirmou a via culturalista mostrando um país que exibia a sua paisagem e exaltava a cultura popular. O interesse pelas diferentes regiões do país, pelo turismo nacional, pelo cinema, teatro e dança, é difundido nas fotografias das páginas da revista oficial do Secretariado de Propaganda Nacional, Panorama (1941-1973), anunciada por Ferro como o periódico onde se apresenta “o que há de mais vivo e característico do país” (Nº 1, 1941). A recuperação do património, foi uma forma de recuperar a identidade nacional, traduzida nas campanhas de restauro levadas a cabo pela Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais e divulgadas através de imagens nos seus Boletins. Foi a preocupação pelo carácter genuinamente nacional da arquitectura portuguesa, centrada no regionalismo, que levou o Estado a patrocinar o Inquérito à Arquitectura Regional iniciado em 1955. Os arquitectos que realizaram este trabalho de campo, munidos de máquinas fotográficas, registaram as arquitecturas vernaculares do território nacional, dando origem às imagens publicadas na Arquitectura Popular em Portugal (1961). 

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