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Marques Alves, P. (2016). A militância sindical no feminino - Um contributo para a análise da sub-representação das mulheres no movimento sindical português. Simpósio sobre Políticas para a Igualdade e Investigação em Direitos Humanos e Género.
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P. J. Alves,  "A militância sindical no feminino - Um contributo para a análise da sub-representação das mulheres no movimento sindical português", in Simpósio sobre Políticas para a Igualdade e Investigação em Direitos Humanos e Género, Porto, 2016
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TY  - CPAPER
TI  - A militância sindical no feminino - Um contributo para a análise da sub-representação das mulheres no movimento sindical português
T2  - Simpósio sobre Políticas para a Igualdade e Investigação em Direitos Humanos e Género
AU  - Marques Alves, P.
PY  - 2016
CY  - Porto
AB  - A militância no feminino foi durante muito tempo envolta no silêncio, tendo sido necessário esperar pelos últimos trinta anos para se verificar um considerável incremento nas pesquisas tendo a militância das mulheres como objeto de inquérito sociológico. Várias temáticas têm sido abordadas, mas há quatro que se evidenciam: o questionamento sobre se as mulheres possuem interesses específicos e como é que eles se articulam com os interesses de classe; as transformações que ocorrem nas estruturas sindicais para acomodar as mulheres; quais os contributos da militância feminina para uma outra forma de fazer sindicalismo, ao tornarem as estruturas e as agendas sindicais mais inclusivas dos interesses das mulheres trabalhadoras; e a medição da representação das mulheres nas instâncias de decisão.
Neste último domínio, todos os estudos disponíveis demonstram que o crescimento em números absolutos e relativos das mulheres nos efetivos sindicais nos últimos decénios não se traduziu num crescimento correspondente no número de mulheres nos lugares de decisão, com os sindicatos a providenciarem muito raramente uma sua representação adequada (Cook et al., 1992; Curtin, 1997; Garcia, 1993, 1999; Garcia et al., 2003; Trebilcock, 1991). Paralelamente, procura-se encontrar as causas desta situação e discernir as estratégias a implementar para a alterar.
Para Le Quentrec et al., (1999), esta é uma situação socialmente construída, enquanto para Healy e Kirton a explicação reside nos sindicatos, que constituirão “oligarquias masculinas” (Healy e Kirton, 2000). Por seu lado, Chaison e Andiappan no seu estudo sobre as mulheres militantes no Canadá, no qual concluíram que estas militam mais nas locals e são mais frequentemente secretárias ou tesoureiras do que presidentes, sustentam que terá sido a divisão sexual do trabalho que conduziu a uma segregação que restringiu a visibilidade e a influência das mulheres no movimento sindical (Chaison e Andiappan, 1987). Neste debate, Lawrence (1994) alerta para que se os líderes sindicais não representam de forma proporcional os efetivos, então o carácter democrático das organizações é severamente restringido. Cockburn (1991, 1995) e Colgan e Ledwith (1996) também se pronunciaram no mesmo sentido.
Com exceção do trabalho de Alves (2009), realizado com base num inquérito por questionário administrado às estruturas sindicais em 2005, não existe em Portugal qualquer outro estudo sobre esta tendência pesada que atravessa transversalmente os diversos movimentos sindicais nacionais.
Esta comunicação tem por objetivo contribuir para o estudo desta temática. Na sua base encontra-se uma análise documental das fichas biográficas das equipas dirigentes dos sindicatos portugueses, que incidiu nas organizações onde se registaram eleições nos últimos três anos. Seguidamente, compararam-se os resultados com o que sucedia nesses mesmos sindicatos dez anos antes. Conclui-se que apesar dos avanços verificados, a sub-representação se mantém, nomeadamente nas organizações que representam trabalhadores de profissões altamente feminizadas.
ER  -