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Raposo, Otávio (2016). Desafios éticos e metodológicos da investigação em coletivos culturais da periferia. Os Desafios da Investigação. Experiências de pesquisa e reflexividade.
O. R. Raposo, "Desafios éticos e metodológicos da investigação em coletivos culturais da periferia", in Os Desafios da Investigação. Experiências de pesquisa e reflexividade, Lisboa, 2016
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TY - CPAPER TI - Desafios éticos e metodológicos da investigação em coletivos culturais da periferia T2 - Os Desafios da Investigação. Experiências de pesquisa e reflexividade AU - Raposo, Otávio PY - 2016 CY - Lisboa AB - Em pesquisas recentes quis conhecer o impacto das culturas urbanas e expressões artísticas entre os jovens de bairros desfavorecidos, bem como os seus efeitos nos processos de segregação socioespacial. Para tal, acompanhei dois coletivos culturais vinculados a regiões periféricas de Lisboa e do Rio de Janeiro: rappers da Arrentela e dançarinos de break dance das favelas da Maré. Ambos os coletivos apropriam-se dos respetivos estilos culturais para se fazerem visíveis e questionarem as noções dominantes sobre o seu lugar social, contribuindo na construção de novos significados da sua identidade enquanto jovens pobres e/ou negros. Embora haja grandes diferenças no modo como eles desenvolvem estratégias para romper com a segregação e o estatuto subalterno, os dois grupos utilizam a componente performativa como uma forma de ascender a uma existência valorizada, ao mesmo tempo que constroem parâmetros mais abrangentes de inserção nos territórios da cidade. Mais que comparar os grupos citados, a proposta desta apresentação será discutir os desafios metodológicos de se fazer investigação em áreas marcadas por processos de precarização, refletindo sobre as experiências concretas de pesquisa na Arrentela e na Maré. Pretendo relatar os caminhos que me fizeram chegar aos coletivos pesquisados, o modo como a minha entrada e permanência no terreno foi “negociada”, tal como o processo de aproximação aos “mundos relacionais” dos jovens. Na prática etnográfica esta questão é particularmente sensível, pois cabe ao investigador desempenhar um papel socialmente legítimo no interior da realidade que se pretende estudar. Paralelamente, também quero abordar as particularidades éticas e políticas de se fazer trabalho de campo em bairros fortemente estigmatizados, cujos habitantes são considerados desviantes, perigosos ou “problemáticos”. ER -
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