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Matias, A.R. (2016). Nha Dalina: Nha konta stória di –Nha. In Sofia Lai Amândio; Pedro Abrantes; João Teixeira Lopes (Ed.), A Vida entre nós. Sociologia em Carne Viva. (pp. 166-175). Senhora da Hora: Deriva Editores.
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A. R. Matias,  "Nha Dalina: Nha konta stória di –Nha", in A Vida entre nós. Sociologia em Carne Viva, Sofia Lai Amândio; Pedro Abrantes; João Teixeira Lopes, Ed., Senhora da Hora, Deriva Editores, 2016, pp. 166-175
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TY  - CHAP
TI  - Nha Dalina: Nha konta stória di –Nha
T2  - A Vida entre nós. Sociologia em Carne Viva
AU  - Matias, A.R.
PY  - 2016
SP  - 166-175
CY  - Senhora da Hora
UR  - http://derivadaspalavras.blogspot.pt/2016/11/a-vida-entre-nos-sociologia-em-carne.html
AB  - Este texto enquadra-se num estudo de pós-doutoramento cujo objectivo é identificar as práticas e as atitudes linguísticas de várias gerações de origem caboverdiana em Portugal. A entrevistada, Nha Dalina, nasceu na Ilha de Santiago (Cabo Verde) há 61 anos e vive em Portugal há 34. Durante a nossa conversa, Nha Dalina configura uma história de vida e biografia linguística de alguém que, nunca tendo frequentado qualquer sistema de ensino, é falante de outra língua que não o português e desenvolve um reportório linguístico particular ao seu percurso individual, a partir do qual o crioulo e o português por vezes se separam, outras se “misturam”. Por forma a melhor explicitar o seu efectivo capital linguístico (Bourdieu, 1991 ), as citações da sua forma de falar reflectem, deste modo, a forma como vai usando uma e outra, respeitando a ortografia de cada língua.

Nha Dalina constrói o seu capital linguístico numa constante troca com outros, sobretudo os não praticantes de crioulo caboverdiano e em territórios coloniais, pós-coloniais e emigratórios. E nessa construção também se funda a sua identidade. Nha Dalina descreve-se como alguém capaz de comunicar de forma autónoma, e de estabelecer boas relações nos inúmeros papéis que assume: de mãe, de avó, de vizinha, de trabalhadora. O seu discurso é revelador de socializações em Cabo Verde, Portugal e no espaço Europeu que se vai alargando, onde o português e outras línguas europeias prevalecem como instrumentos de mobilidade social e de cidadania, em detrimento da sua língua primeira. As estratégias de mobilidade social desenham-se, aqui, à luz das escolhas linguísticas na família, onde o elemento mais velho rejeita para si a possibilidade de se tornar falante legítimo do português, delegando essa responsabilidade para os seus descendentes e ao custo da assimilação linguística destes. A construção sociológica desse investimento em diferentes línguas diferenciado entre gerações, tem sido um importante complemento às teorias da motivação na área da psicologia, aplicada aos estudos das migrações e de mobilidade social.
Revisão de crioulo caboverdiano de Armindo Tavares.
ER  -