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Neves, D. M. (2016). Naturalismo e Maternidade: novos e velhos desafios para pensar o género na contemporaneidade. Congresso Internacional - Estudos de Género em debate: percursos, desafios e olhares interdisciplinares.
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D. M. Neves,  "Naturalismo e Maternidade: novos e velhos desafios para pensar o género na contemporaneidade", in Congr.o Internacional - Estudos de Género em debate: percursos, desafios e olhares interdisciplinares, Lisboa, 2016
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TY  - CPAPER
TI  - Naturalismo e Maternidade: novos e velhos desafios para pensar o género na contemporaneidade
T2  - Congresso Internacional - Estudos de Género em debate: percursos, desafios e olhares interdisciplinares
AU  - Neves, D. M.
PY  - 2016
CY  - Lisboa
UR  - https://ciencia.iscte-iul.pt/publications/naturalismo-e-maternidade-novos-e-velhos-desafios-para-pensar-o-genero-na-contemporaneidade/33202?lang=en
AB  - Em 1963 Betty Friedan publicou “A Mística Feminina”, uma obra clássica do pensamento feminista que analisa o processo regressivo que as mulheres nos EUA experienciaram no pós-segunda guerra mundial. Depois de um período muito dinâmico em termos das conquistas sociais nos anos 50 do século XX, produziu-se na sociedade norte-americana uma ofensiva conservadora cujo objetivo consistiu, segundo Friedan, em devolver a mulher à casa e às tarefas domésticas e reforçar um ideal feminino associado aos papéis de mãe e cuidadora. De forma semelhante, atualmente muitas feministas encaram com suspeita os fenómenos de naturalização e neotradicionalismo associados à experiência de ser mãe (Stone, 2007) bem como as reivindicações que são feitas à medida que os valores naturalistas vão reforçando o seu protagonismo na sociedade contemporânea (Badinter, 2010). A vontade de abandonar o mercado de trabalho e aderir a um modelo de “maternidade intensiva” por parte de algumas mulheres (Hays, 1996), a adesão a praticas naturalistas associadas à gravidez, parto e pós-parto, a recusa em adotar pautas rígidas para a criação e educação dos filhos, a aceitação da centralidade dos cuidados prestados a outros (em particular, aos filhos) e a possibilidade de auto-realização através deles, etc. constituem, de acordo com algumas perspectivas, novas formas de encerrar as mulheres numa renovada “mística da feminilidade”, pondo em causa liberdades e direitos conquistados nas últimas décadas. Com base em análise documental variada e em entrevistas realizadas a mães em Portugal e em Espanha, este paper pretende reflectir acerca dos efeitos do modelo de maternidade naturalizada sobre as relações de género, trazendo, contudo, à luz novas formas de empoderamento das mulheres que emergem precisamente das reivindicações dos movimentos pela naturalização da experiência da maternidade.
ER  -