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Camilo, C. & Lima, M. L. (2010). No que se pensa quando se pensa em doenças?: estudo psicométrico dos riscos de saúde. Revista Portuguesa de Saúde Pública. 28 (2), 140-154
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C. M. Camilo and M. L. Lima,  "No que se pensa quando se pensa em doenças?: estudo psicométrico dos riscos de saúde", in Revista Portuguesa de Saúde Pública, vol. 28, no. 2, pp. 140-154, 2010
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TY  - JOUR
TI  - No que se pensa quando se pensa em doenças?: estudo psicométrico dos riscos de saúde
T2  - Revista Portuguesa de Saúde Pública
VL  - 28
IS  - 2
AU  - Camilo, C.
AU  - Lima, M. L.
PY  - 2010
SP  - 140-154
SN  - 0870-9025
DO  - 10.1016/S0870-9025(10)70005-5
UR  - http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0870902510700055
AB  - Introdução
Um conjunto substancial de literatura que recorre ao paradigma psicométrico revela que a maioria das ameaças são caracterizadas pela sua posição nas dimensões avaliativas “risco assustador” e “risco desconhecido”. Este trabalho procura desvendar se as pessoas também caracterizam os riscos de saúde recorrendo às dimensões referidas e como são representadas diferentes ameaças à saúde nesta estrutura dimensional.
Material e métodos
Um questionário avalia a representação de 15 riscos de saúde (depressão, gripe, constipação, infecção por Ébola alcoolismo, hepatite, toxicodependência, diabetes, gripe das aves, ferimentos resultantes de acidente, anorexia, tuberculose, cancro, doenças cardiovasculares e SIDA). Cada risco é classificado nas dimensões de avaliação risco incontrolável, assustador, fatal, involuntário, afecta o próprio, desconhecido, novo e com efeitos diferidos. A amostra de 191 participantes é proveniente de duas grandes organizações públicas, numa organização de saúde e numa universidade.
Resultados
Uma primeira análise factorial organiza os oito itens em três dimensões de avaliação: risco assustador, risco desconhecido e risco controlável. Uma segunda análise factorial onde se excluem os dois riscos menos conhecidos (Ébola e gripe das aves) reproduz as duas dimensões risco assustador e risco desconhecido. A análise do posicionamento dos riscos nestas dimensões revela que o risco representado como mais assustador é o cancro e o risco representado como menos assustador é a constipação.
Conclusão
Conclui-se que a representação dos riscos de saúde é feita com base em dimensões semelhantes às obtidas no estudos de outras fontes de risco, i.e., as dimensões risco assustador e risco desconhecido. No entanto, a percepção de controle é importante para a avaliação de riscos de saúde desconhecidos. Na sua generalidade o estudo revela variações na representação dos riscos de saúde com implicações importantes para as áreas da comunicação e da gestão dos riscos de saúde.
ER  -